Gestores discutem em CIB situação da Dengue e toxoplasmose em Alagoas Municípios
O aumento de casos da toxoplasmose congênita e gestacional em Alagoas foi um dos pontos discutidos pelos gestores e técnicos municipais da Saúde nessa segunda-feira (17) na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). A constatação foi da área técnica da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), que diante do cenário e dificuldade de compra da medicação pelos municípios, apresentou a proposta de remanejamento da medicação ácido folínico do programa estadual de HIV/Aids para a área da saúde da mulher, tendo em vista disponibilização da medicação para o tratamento de crianças e gestantes com a doença.
A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. A doença adquire especial relevância para a saúde pública quando a mulher se infecta, pela primeira vez, durante a gestação pelo risco elevado de transmissão vertical e acometimento fetal.
A Diretoria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems) solicitou à Sesau a produção de uma nota técnica conjunta sobre a situação epidemiológica da toxoplasmose, bem como sobre a distribuição da medicação para os municípios. A área técnica da Sesau informou ainda que vai realizar em breve uma capacitação para os profissionais da atenção básica responsáveis pelo pré-natal.
Outro ponto de pauta da CIB foi sobre a situação epidemiológica do Aedes aegypti que foi apresentada pela superintendente da Vigilância em Saúde (Suvisa) da Sesau, Cristina Rocha, que pontuou os municípios que estão em situação de alerta para as arboviroses. Os gestores solicitaram apoio do Estado devido à crescente demanda de pacientes suspeitos nos pronto-atendimento com relação a aquisição dos kits com soro, analgésico, antitérmicos entre outros insumos necessários à assistência ao paciente.
O assessor técnico do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) Yuri Almeida ressaltou que o processo já está em andamento e que o setor não dispõe ainda de soro de reidratação oral em quantidade suficiente para a composição dos kits para os municípios. Ele destacou que a distribuição seguirá critérios da área técnica da Suvisa, a exemplo de contemplar os municípios turísticos e aqueles que têm número superior a 50 casos diagnosticados. Os secretários de Saúde solicitaram que fossem inclusos nos critérios os municípios que são porta de entrada da Rede de Urgência e Emergência (RUE).