AMA e Defesa Civil começam a reativar Operação Água é Vida Municípios
Prefeitos e Defesa Civil começaram hoje a preparar os responsáveis pelas comissões municipais para a reativação da Operação Água é Vida que será executada com recursos do Estado e do Ministério da Integração. As ações, solicitadas pelo presidente da AMA, Hugo Wanderley começam em até 30 dias.
Hoje 38 municípios sofrem com a falta de água para abastecimento humano e para a agricultura. As chuvas do inverno foram insuficientes para o armazenamento e o período seco, que já começou, pode se estender aumentando as dificuldades. “É uma situação muito difícil, é um desastre natural que sufoca toda a economia da cidade. A AMA tem trabalhado junto ao governador, que é um municipalista, e atendeu nossa reivindicação alocando recursos para uma ação emergencial imediata.”, afirmou.
O presidente adiantou ainda que na próxima semana o presidente da Casal e os secretários de Infraestrutura e Meio Ambiente participam da reunião da Entidade para ouvir os gestores e, juntos, trabalhar em um projeto que permita novos investimentos nos municípios para que, a médio e longo prazos o governo possa realizar obras estruturantes que resolvam esse grave problema. Ele citou, como exemplo, a reativação da adutora de Belo Monte e construção de pequenas barragens.
A reativação da Operação terá, segundo o Ten Cel Moisés Pereira, Coordenador da Defesa Civil, três fases. A primeira começa com a liberação dos recursos do Estado, na ordem de R$ 3 milhões. Em seguida, acontece o credenciamento dos 120 veículos que precisam ter alvará da Vigilância Sanitária e INMETRO para garantir oferta de água clorada e de boa qualidade. O coordenador também assegura que os 80 militares envolvidos no trabalho vão atuar, junto aos municípios, na fiscalização dos caminhões- pipa e n os pontos de captação de água.
Nessa fase 800 comunidades que estão fora da operação “Pipa”, executada pelo Exército, foram cadastradas. O volume de água a ser distribuído foi duplicado passando de 2 milhões para 4 milhões de litros/dia. A terceira, quando os recursos federais na ordem de R$ 5 milhões forem liberados.
A prefeita de Major Isidoro, Santana Mariano, destacou o papel atuante do presidente da AMA como de fundamental importância para os municípios. “Estamos muito otimistas”, declarou a prefeita. A opinião dela foi compartilhada pelo prefeito de Pão de Açúcar, Flávio Almeida ao dizer que em um momento de crise hídrica essa luta da AMA através do presidente Hugo e do governador Renan Filho é um olhar de quem realmente está se preocupando e cuidando das pessoas.
“O nosso presidente Hugo Wanderley tem sido muito diligente em todos os pleitos dos municípios alagoanos, estando sempre ao lado dos prefeitos. estou muito satisfeito com o seu trabalho à frente da AMA e o parabenizo pela assiduidade e competência”, Isnaldo Bulhões prefeito Santana do Ipanema.
“Água é vida, é saúde” disse o Tenente Coronel Moisés Pereira que destacou o empenho dos prefeitos e dos coordenadores municipais na Operação. “Estamos trabalhando em parceria, de mãos dadas, governo e municípios”, acrescentou.
Chefe do setor de desastres naturais/ Defesa Civil, o Tenente Douglas também tirou, durante a reunião, as principais dúvidas dos técnicos municipais. Por exemplo:
-Uma comunidade já abastecida pelo exército não pode receber a Operação Água é Vida porque já recebem água com recursos federais e não pode haver duplicidade de fim desse recurso.
– O que fazer se o comprovante de residência vem com um endereço diferente da comunidade onde a pessoa mora. Segundo o Tenente Douglas, a pessoa vai ter que procurar outros comprovantes, como uma fatura de cartão de crédito, de entrega do cartão do bolsa família, por exemplo, mas não pode ter o mesmo endereço de uma comunidade já atendida pela operação do Exército.
– O pipeiro não pode abastecer em um local diferente daquele para onde foi cadastrado porque o pagamento, as quilometragens são feitas para um manancial, não sendo possível direcionar pra outro.
– Os pontos de abastecimento de água são os seguintes: Canal do Sertão, Inhapi e Senador Rui Palmeira. Também no rio São Francisco na altura de Pão de Açúcar e Traipu e em mananciais de Arapiraca e Palmeira dos Índios”
– O credenciamento dos pipeiros deverá ser feito através da Angesp onde ele vai se cadastrar pra operação. O cadastro não é por município. Após o término do prazo de três dias os pipeiros devem voltar a Angesp onde será feito um sorteio para a escolha do município de atuação.