Cosems sedia reunião que vai traçar estratégias de combate ao Aedes em Alagoas Municípios
Conselho integra Sala Estadual de Combate e Controle do Aedes aegypti e, diante do crescente número de doenças provocadas pelo mosquito, mobiliza municípios para realização de mutirões
Representantes dos órgãos que compõem a Sala Estadual de Combate e Controle do Aedes Aegypti se reúnem na próxima segunda-feira (6), às 9h, no auditório do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems), no Pinheiro, para discutir as estratégias de combate e controle do Aedes aegypti, segundo um cronograma de ações elaborado para os municípios. A reunião será coordenada pela Defesa Civil Estadual, por meio do titular major Moisés Pereira, e deve contar com a participação de gestores da Saúde.
A iniciativa de traçar uma agenda de ações junto aos municípios surgiu da preocupação das autoridades da Saúde e setores afins com o crescente número de casos de doenças provenientes do mosquito em Alagoas. Dados da área técnica de Vigilância e Controle das Arboviroses, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revelam que em 2016 foram registrados 18.473 casos de chikungunya; 8.126 de Zika e 23.966 de dengue.
Fazem parte da Sala Estadual de Combate e Controle do Aedes aegypti, além do Cosems/AL e a Defesa Civil Estadual, representantes do Exército, Secretaria estadual de Saúde (Sesau), Secretaria de Saúde de Maceió, além da pasta de Recursos Hídricos e Meio Ambiente. A secretária executiva do Cosems, Sylvana Medeiros, afirmou que – com os assessores técnicos do Conselho – vai mobilizar os municípios no sentido de unir esforços para combater os focos do mosquito transmissor destas doenças.
De acordo com ela, o problema é de saúde pública e deve envolver não apenas o poder público, mas as parcelas representativas da sociedade. “A microcefalia é uma doença incapacitante e para toda a vida. A chikungunya deixa a pessoa afetada sem trabalhar por no mínimo 15 dias e causa sofrimento de seis meses a um ano”, adverte.
Vale ressaltar que, de acordo com especialistas, as doenças causadas pelo Aedes podem deixar patologias neurológicas e problemas reumáticos crônicos. Na reunião do último dia 20, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Narde Figueiredo, ressaltou a importância da integração dos Estados, Municípios e demais segmentos envolvidos, no sentido de promover a eliminação de água parada para evitar os criadouros do vetor.
Narde destacou a necessidade de reduzir a incidência de casos da tríplice epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya. O secretário executivo do MS fez um alerta para a instrumentalização dos novos secretários municipais de Saúde devido à renovação de pelo menos 70% destes gestores em todo o país.
Apoio do MS – Segundo ele, todos os municípios têm que repassar informação do Índice de Infestação do Aedes aegypti, uma vez que os estoques de larvicidas e inseticidas do MS estão em situação satisfatória para atender as demandas dos Estados. Durante as últimas reuniões com a Sala Estadual foi elaborado um cronograma de ações, iniciando por Maribondo no dia 11 deste mês com a coleta de pneus nas borracharias e terrenos baldios, além da eliminação de focos do mosquito nos imóveis.
A agenda inclui operação no dia 4 de março com mutirões de limpeza para eliminar os focos do mosquito na Região Metropolitana de Maceió, que envolve os municípios de Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antônio, Messias, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Paripueira e Flexeiras.
Assessoria de Comunicação do Cosems