AQUI TEM SUS: Projeto de Odontologia Domiciliar de Campo Alegre vira documentário Campo Alegre
Vídeo vai ser apresentado em Brasília, em janeiro, para novos secretários de Saúde, junto com outros das regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro-Oeste
O projeto Odontologia Domiciliar para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), do odontólogo Franklin Regazzone, do município de Campo Alegre, em Alagoas, premiado nacionalmente em junho deste ano na 13ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS, foi esta semana alvo de um documentário para a web, intitulado “Brasil, Aqui Tem SUS”, dirigido por equipe do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), e será lançado, em janeiro, no acolhimento dos novos gestores, em Brasília.
As filmagens vão acontecer até o fim do ano em outros municípios que venceram a Mostra Brasil Aqui Tem SUS nas regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A iniciativa inovadora deste trabalho de Campo Alegre foi apresentada no XXXII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Fortaleza, Ceará, com outros igualmente relevantes dos municípios de Arapiraca, Craíbas, Messias, Girau do Ponciano e Poço das Trincheiras.
O odontólogo Franklin Regazzone Pereira Lopes concorreu com mais de 300 trabalhos de todo o país nesta edição da Mostra. As filmagens estão sendo realizadas pela equipe formada pela jornalista Talita Carvalho, do Conasems; André Ribeiro, técnico de som; Lucas Jesser e Petrônio Neto, ambos câmeras; contratados pelo Conselho para fazer o documentário.
Durante dois dias, eles acompanharam o trabalho do odontólogo Regazzone e equipe multidisciplinar formada por fisioterapeutas, assistente social, técnica de enfermagem, técnica de saúde bucal e enfermeira, desde a saída do Núcleo de Apoio à Saúde da Familiar (Nasf) às casas dos pacientes.
Home care do SUS – O odontólogo dirige-se à casa do paciente com o equipo portátil e ? no cômodo em que for possível montar o consultório móvel ? seja no colchão no chão da sala, cama ou cadeira de rodas, Regazzone faz o procedimento, seja restauração, extração, periodontia (limpeza) e reabilitação protética.
Para ser beneficiado, o paciente precisa preencher alguns critérios, a exemplo de ser acamado, ter dificuldade de locomoção até a unidade de saúde mais próxima de sua residência e não dispor de condições financeiras para fazer o tratamento fora de casa. Estas informações foram prestadas pela assistente social do município, Mary Lúcia Malta.
A dona-de-casa Ana Maria dos Santos, mãe de um menino de sete anos, que tem paralisia cerebral, diz que o dentista consegue, com paciência, fazer a restauração no dente da criança que, quando fica tensa, o corpo fica rígido involuntariamente. “Não tenho como levá-lo a um posto de saúde ou consultório e o doutor vem na minha casa cuidar dos dentes dele”, afirmou a mãe, enquanto olhava por trás da cortina, o dentista atendendo a criança em um colchão, no chão da sala.
Já o aposentado Cícero Benedito da Silva, que tem dificuldade de locomoção, recebeu o tratamento na cadeira de rodas e todo o tempo erguia as mãos para o alto, agradecendo o cuidado da equipe à sua saúde. A secretária de Saúde, Tamires Santos, afirmou que 60 pacientes de Campo Alegre e do distrito de Luziápolis são atendidos pelo odontólogo e equipe, já que a quantidade é preconizada pelo Ministério da Saúde.
A auxiliar de dentista, Fernanda Bastos, emociona-se ao falar do trabalho que faz junto a Regazzone. “O dentista oferece ao paciente, na casa dele, todos os direitos e higienização de um consultório normal. A prioridade dele é recuperar o dente e evitar o máximo a extração”, ressaltou Fernanda, destacando o trabalho de humanização que a equipe faz questão de prestar aos pacientes deste projeto.
ASCOM COSEMS