Seinfra e Casal vão a AMA ouvir prefeitos para traçar estratégias para 2019 Infraestrutura
A pedido do presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), prefeito Hugo Wanderley, o secretário estadual de Infraestrutura, Fernando Fortes Melro, e o presidente da Casal, Clécio Falcão, estiveram na sede da associação, na tarde desta segunda-feira (12), para apresentar aos prefeitos um balanço das atividades realizadas e ouvir dos gestores municipais quais as necessidades e dificuldades na parte hídrica das cidades para traçar novos planos e estratégias.
O presidente Hugo destacou que o encontro é fundamental para o fortalecimento e construção de novas adutoras. “O governador Renan Filho já tem feito muitos investimentos na parte hídrica do estado com novas adutoras e modernização, agora o governador também quer ouvir os prefeitos para que possa elaborar o plano hídrico dentro de uma maior realidade para que possamos avançar no estado de Alagoas”, afirmou.
A equipe de engenharia da secretaria de Infraestrutura apresentou o trabalho que está sendo feito e garantiu que o governo do Estado está preocupado em dar andamento em algumas obras que estão paradas. “Esse foi um ano que o Canal do Sertão, por exemplo, teve mais dificuldade por causa do corte de verbas federais, mas com o esforço do Governador e do secretário conseguimos algumas verbas que estão dando andamento a etapa 4”, afirmou Alzir Lima, técnico da Seinfra.
“Faremos um levantamento do abastecimento de água e esgoto nos municípios para elaboração do plano hídrico. O governo de Alagoas fará grandes investimentos”, afirmou Fernando Melro, secretário de Infraestrutura. A Casal também reforçou que não medirá esforços ao receber as solicitações dos prefeitos. “A Casal e o Governo do Estado assinaram um convênio e estão investindo cerca de R$100 milhões nos municípios”, afirmou Clécio.
Participação
Durante a reunião, prefeitos pontuaram sugestões para a melhoria no abastecimento. O prefeito de Satuba, Paulo Acioly, ressaltou que a cidade sofre com a falta d’água, porque o lençol freático não possibilita a escavação de poços artesianos. “Sei que dependemos da conclusão de uma obra para melhorar o abastecimento na cidade, mas precisamos de uma medida paliativa enquanto isso. Faço um apelo para que pelo menos a parte baixa da cidade seja abastecida pela ETA (Estação de Tratamento de Água) do Catolé”, solicitou o prefeito.
A prefeita Santana Mariano de Major Isidoro fez críticas a FPI – Fiscalização Preventiva Integrada do Ministério Público, que interditou um caminhão pipa porque não estava plotado. “Não consegui arrumar um local que plotasse o caminhão no final de semana e agora estou com uma escola e um hospital quase fechando as portas por causa da falta de água”, desabafou a prefeita. O presidente Hugo Wanderley destacou que os gestores sempre tiveram boa vontade de fazer o melhor para seus municípios, mas é preciso diálogo.
Outra grande dificuldade dos municípios do semiárido destacado na reunião foi o abastecimento de carros pipas. “Muitas vezes precisamos percorrer longas distâncias para abastecer nosso caminhão pipa, o que torna o gasto de gasolina um dos grandes custos da prefeitura”, declarou o prefeito Ediel Leite de Craíbas. Diversos prefeitos pontuaram questões específicas dos seus municípios para serem incluídas no plano hídrico dos próximos anos.