Nos 25 anos da Marcha a Brasília, história destaca papel da AMA Municípios
O ano era 1998. A Associação dos Municípios Alagoanos integrou um pequeno grupo de municipalistas que se uniu para recriar e fortalecer o movimento através da Confederação Nacional dos Municípios, lançando um grande movimento: a Marcha dos Municípios a Brasília. Um encontro nacional para dar voz aos prefeitos, lideranças e buscar respostas, projetos e ações mais efetivas para o desenvolvimento das cidades brasileiras.
A Marcha surgiu após várias reuniões cujo foco foi o de estabelecer os novos caminhos de atuação, em perspectivas mais amplas dentro da tese que o indivíduo não vive na União, nem no Estado, mas no município, onde tem sua identidade. Fazer do município um agente legítimo de reivindicações transformou a CNM na maior entidade da América Latina. Presidente da AMA no período da primeira Marcha, século XX, Fernando Sérgio Lira, que retornou a prefeitura de Maragogi, neste século XXI, diz que se sente agradecido pela evolução da luta municipalista e pela contribuição que pode oferecer através da AMA, que foi fundamental em todo processo.
Com o tema “Pacto Federativo: um olhar para o futuro”, a Marcha chega a sua 24ª edição e terá, mais uma vez, presença de AMA e da maioria dos gestores para dialogar com o novo presidente da República, ministros e centenas de parlamentares que assumiram no início deste ano e precisam conhecer toda a pauta que tramita no Congresso.
A pauta municipalista que será apresentada aos três poderes é extensa, mas há temas urgentes como a reforma tributária. Outra prioridade do movimento é dar legitimidade à Confederação Nacional de Municípios para defender os Municípios no Supremo Tribunal Federal (STF). Um ponto de destaque nos debates da 24ª edição da Marcha é a criação de pisos salariais, sem o repasse de recursos suficientes para o custeio.
“É importante a participação dos prefeitos, dos vereadores, dos assessores e dos secretários municipais. É um momento único de mobilização”, diz o presidente da AMA, prefeito Hugo Wanderley . “Não é retórica dizer que juntos somos mais fortes. Nossas conquistas são resultado dessa união em defesa do interesse coletivo”, acrescenta.
Diante de tantos temas que precisam ser debatidos para que haja consenso entre os gestores, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski reitera a necessidade de que todos os gestores participem da XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que acontece entre os dias 27 e 30 de março.
EXPOSIÇÃO 25 ANOS
De 27 de março a 12 de abril, a Câmara dos Deputados sediará a exposição “Os 25 anos da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios – Memórias, Conquistas e Avanços”. Quem passar nesse período pelo famoso corredor que dá acesso ao Plenário da Casa, batizado corredor Tereza de Benghela, conhecerá a trajetória do maior evento municipalista da América Latina, criado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em 1998.
Além de um breve panorama sobre a história da CNM, que soma 43 anos de atuação e possui mais de 5,2 mil Municípios filiados, a exposição aborda cada uma das edições em 25 anos de Marcha, tratando desde o surgimento inusitado da ideia em uma kombi aos dias atuais. Um dos destaques da mostra são peças que relembram manifestações marcantes promovidas pela Entidade, das quais a AMA também fez parte.
Já dialogando com o tema da Marcha de 2023 – Pacto Federativo: um olhar para o futuro –, a exposição de 25 anos também lançará questionamentos sobre o futuro do movimento municipalista.