Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente da AMA Hugo Wanderley disse que o trabalho do Ministério Público é importante e que o promotor José Antônio Malta Marques, coordenador da comissão de fiscalização criada para evitar fraudes com recursos federais destinados às vítimas das enchentes, tem sido muito responsável na divulgação dos dados obtidos.

“Tenho assistido e lido todas as entrevistas onde o promotor tem sido enfático ao dizer que tem recebido apoio na averiguação e repasse dos dados oficiais a respeito da situação de cada cidade prejudicada”, disse Wanderley, que acrescentou, “O dr José Antônio é um homem íntegro, justo e direito. Em nenhum momento generalizou que está havendo má fé por parte dos prefeitos”.

O que a AMA, os prefeitos e os coordenadores municipais não concordam é que os municípios sejam nivelados como fraudadores, disse o presidente. A Entidade defende que tudo seja avaliado, apurado e que, se houver constatação de má fé em algum dado, que o responsável seja punido.

A redução no número de desabrigados e desalojados já era prevista fruto da precaução e da eficiência dos prefeitos que conseguiram retirar as famílias das áreas de risco evitando que o número de mortes fosse maior que o registrado. Em nenhum momento os recursos anunciados pelo Ministério da Integração foram utilizados, muito pelo contrário os municípios usaram recursos além da capacidade para amenizar o sofrimento da população. A rede de solidariedade formada através das doações e o apoio do governo também foram fundamentais.

Desde o primeiro momento, os prefeitos e suas equipes  se mobilizaram e se doaram no apoio e assistência às milhares de famílias .Foram os prefeitos que saíram dos gabinetes e passaram até 24 horas ininterruptas nas ruas no socorro as famílias sem medir esforços nessa assistência , empenhando recursos, além das possibilidades do município.