AMA e Defesa Civil fazem mutirão com Condecs para evitar suspensão da Operação Pipa. Defesa Civil
A Associação dos Municípios Alagoanos- AMA – reúne técnicos e coordenadores municipais de defesa civil para um novo mutirão de atualização de documentos. O encontro tem a parceria da Defesa Civil Estadual e é necessário porque o decreto que reconheceu situação de emergência em 37 municípios por causa da estiagem perdeu a validade .
O volume de chuva do inverno foi insuficiente em muitas cidades ,que continuam com as reservas nos barreiros e cisternas muito baixos .Por causa dessa chuva, no início do mês , a Operação foi suspensa nos municípios de Craíbas, Coité do Noia, Igaci, Girau do Ponciano, Quebrangulo, Traipu e Lagoa da Canoa. As cidades estão entre o Sertão e o Agreste e foram prejudicadas.
Os municípios dependem das ações emergenciais do governo e do abastecimento feito também pelo Exército. As prefeituras estão no limite financeiro e não têm mais como comprometer recursos para o abastecimento.
O presidente da AMA, também sertanejo Hugo Wanderley está preocupado com a situação e diz que a Operação Pipa é fundamental para que a população tenha água potável.
Para Maristela Dias, prefeita de Piranhas, “a situação não esta boa, não tem chuva no Sertão e as famílias estão necessitando muito dessa água. É muito importante a AMA estar nesse contexto ajudando aos municípios”
“Um evento como esse, um mutirão desses é de suma importância porque nós, de um município pequeno, quando recebe as demandas, muitas vezes vai na defesa civil e o pessoal acha que está chovendo, acha que a chuva está chegando e que está suprindo as necessidades , mas infelizmente isso não é verdade, disse Mailson Mendonça , prefeito de Monteirópolis.
O coordenador da Defesa Civil estadual também reconheceu a importância do mutirão promovido pela AMA e lembrou que essa é uma maneira de agilizar o atendimento, diz Moisés Melo, Coord. Defesa Civil de Alagoas.
Esse mutirão é realizado todo semestre pela AMA para que o abastecimento não seja interrompido nos municipios que fazem parte do chamado polígono da seca. A assessora Técnica, Margarete Bulhões diz que a maioria não tem agua na zona rural. Com a atualização dos documentos, a Defesa Civil Estadual encaminhará a solicitação para que o governador Renan Calheiros Filho reconheça a emergência . Os que não compareceram hoje podem posteriormente procurar a AMA ou a defesa civil,mas o momento requer urgência na ação para garantir os prazos.
Orientação
A orientação da AMA e Defesa Civil segue o texto “Como solicitar o reconhecimento federal para orientar os entes estaduais e municipais em SE ou ECP” do Ministério da Integração. O primeiro passo é promover cadastro no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID). Como a maioria dos registros são incidentes, o gestor local já possui cadastro. Caso contrário é necessário solicita-lo por meio de ofício enviado a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
O sistema digital permite o registro do desastre e a análise do reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública. O objetivo da ferramenta é qualificar e dar transparência à gestão de riscos e desastres no Brasil, além de agilizar o processo e garantir o acesso a informações sobre desastres em diversos níveis.