FPM pode continuar caindo e comprometer orçamentos municipais Finanças
A pandemia do coronavírus , que tem provocado queda na economia mundial, também começa a afetar aos municípios. O segundo repasse do FPM de março, a ser creditado nas contas na próxima sexta-feira, tem uma previsão de queda superior a 40%. É um percentual expressivo, mesmo sendo esse um mês conhecidamente atípico .
A queda brusca preocupa a Associação dos Municípios Alagoanos – AMA – que recomenda muita cautela aos gestores. Segundo a presidente Pauline Pereira o momento requer ajustes no orçamento e medidas de contenção como cortes de horas extras, redução de combustível, gratificações ,redução no horário de atendimento ao público, estimular o trabalho dos servidores em casa, on line, entre outras porque cada cidade tem uma situação diferente; alguns são turísticos outros rurais .É o decreto municipal que vai regulamentar todas as medidas
“É um momento difícil o que estamos passando. Precisamos de recursos para manter os setores funcionando , principalmente porque já enfrentamos subfinanciamento nos programas e alguns atrasos”, disse a presidente.
A maioria dos municípios alagoanos depende do FPM e, com a crise do COVID 19 que tem provocado fechamento e redução das atividades comerciais, a sinalização é que essa queda possa continuar segundo o presidente da CNM, Galdemir Aroldi , alerta a gestora. O sinal de alerta também acende no ICMS que, de acordo com o governador Renan Filho, também deve ser afetado. O FPM e o ICMS são as principais receitas dos municípios.
A AMA está atenta para orientar aos gestores sobre medidas estratégicas que precisem ser adotadas se a crise persistir. Após conversa com o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glaudemir Aroldi, Pauline Pereira explicou que os municípios vão precisar fazer um plano de contingenciamento, criar, através de decreto, o comitê de crise para embasar as decisões e fazer um decreto de emergência com os moldes determinados pela Confederação.