AMA e Undime se reúnem para discutir retorno das aulas Educação
Presidente da AMA ficou de marcar uma reunião com o governador para discutir o assunto junto aos prefeitos
Com o retorno gradual do comércio e demais atividades econômicas, a população começa a questionar quando será a volta das aulas presenciais. Para discutir estratégias seguras e alinhar um discurso, a presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Pauline Pereira, e o presidente da União dos Dirigentes de Secretários de Educação de Alagoas (Undime), Rubens Araujo, se reuniram nesta terça-feira, dia 18, por videoconferência.
“Um retorno nesse momento causa uma preocupação pela falta de estrutura das escolas das redes municipais. Será preciso rever largura de portas e portões, ofertar mais lavatórios, além dos funcionários do grupo de risco, que em alguns municípios são maioria na educação. Não temos a cultura do distanciamento, imagine só como será um horário de recreio”, refletiu Pauline Pereira.
A estimativa, porém, é que a fase verde e, consequentemente, o retorno das aulas coincidirá também com o período eleitoral. “Não é o que quero, mas é o que se desenha é que venha uma segunda onda da doença”, afirmou a presidente da AMA. Por outro lado, existe a grande preocupação com o fechamento da folha de pagamento que depende do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Para o presidente da Undime em Alagoas, Rubens Araujo, o ideal é que as aulas só voltem em 2021.
“Quero agradecer à presidente Pauline por fortalecer o discurso dos secretários. Acho que não deveria voltar às aulas esse ano, voltaríamos 2021 com mais segurança. A única coisa que me preocupa é a questão financeira, porque em muitos municípios a principal renda é do Fundeb”, destacou Rubens.
A Undime se responsabilizou de fazer uma pesquisa para sentir o que os diretores das escolas públicas, os professores e os pais de alunos pensam sobre o assunto. Já a AMA deve solicitar uma reunião com o governador e os prefeitos para verificar as demandas de cada município e alinhar uma estratégia única, inclusive com relação ao transporte escolar.
“Essa decisão precisa ser tomada em parceria. O retorno das aulas não depende de uma analise só da educação e sim da saúde, cada município tem sua particularidade. Cada um dos municípios deve elaborar um protocolo de biossegurança”, finalizou Pauline Pereira.