Presidente da AMA defende políticas para combater a vulnerabilidade social pós-pandemia Municípios
A fala foi durante a reunião com representações municipalistas do Nordeste nesta sexta-feira
O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, defendeu priorizar políticas públicas de combate às condições de vulnerabilidade das pessoas durante esta sexta-feira (16) durante a reunião com representações municipalistas do Nordeste. A prefeita de Feliz Deserto e 3ª vice presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Rosiana Beltrão, também participou do encontro.
A reunião, intitulada Nordeste Unido pelo Desenvolvimento, foi promovida pela CNM com apoio da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). O objetivo do encontro foi de discutir estratégias socioeconômicas que fomentem o desenvolvimento para a região.
“Priorizar as condições de vulnerabilidade, principalmente nesse momento pós-pandemia, potencializados pela inflação, desemprego, pela capacidade de consumo das pessoas. Esse será um tema muito desafiador para nós prefeitos, principalmente dos municípios pequenos que representa 90% do Nordeste. Acredito que essa é uma pauta que precisamos priorizar”, afirmou.
Foram debatidos temas que fomentam o desenvolvimento regional e social, frente ao atual cenário socioeconômico, entre eles a defesa da implementação do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a potencialização da prática consorciada entre os municípios e a importância da atuação dos entes federativos no enfrentamento às situações de vulnerabilidades sociais.
De acordo com dados do IBGE, o Nordeste é a região com a maior taxa de desocupados do país, 18,6%. Aliado a isso, dados do Ministério da Cidadania mostram que mais de 766 mil famílias, no Nordeste, que se encaixam em todos os critérios do Programa Bolsa Família (PBF), aguardam na fila de espera para ter acesso ao benefício. Este cenário agravou-se com o advento da pandemia. A região, historicamente, é a que mais possui beneficiários deste Programa, cerca de 37% da população.
Além dos gestores das nove entidades, participaram da reunião, de forma virtual, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, e a economista, especialista em desenvolvimento regional, Tânia Bacelar, que ministrou palestra aos gestores e gestoras sobre o tema.