Barra de São Miguel adere a campanha Agosto Lilás
Os números da violência são estarrecedores. A mobilização mostra também a importância de denunciar
São vários os tipos de violência sofridos por milhares de mulheres conforme a Lei Maria da Penha. A Prefeitura Municipal da Barra de São Miguel aderiu à campanha Agosto Lilás, por meio das secretarias de Assistência Social e Saúde, com a finalidade de combater a violência contra a mulher. O Governo do Estado está realizando uma mobilização.
O trabalho envolve as equipes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) com atividades nas Unidades Básicas de Saúde. Ontem (22), foi no Programa Saúde da Família (PSF).
A Prefeitura providencia, até o dia 29, palestras educativas. Em pauta, os vários tipos de violência: física (tapas, empurrões, socos ou facadas causando danos à saúde ou a integridade física); psicológica (qualquer conduta que cause danos emocionais e diminuição de sua autoestima); sexual (conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça ou força); patrimonial (quando os objetos pessoais ou documentos, ou ainda, os bens e patrimônios são retidos, destruídos total ou parcialmente) e moral (qualquer conduta que configura calúnia, difamação ou injúria).
Para informações e denúncias basta ligar 180. A central funciona 24 horas. O número também recebe e encaminha ligações sobre outros tipos de violência contra a mulher, a exemplo de cárcere privado, exploração sexual, assédio moral ou sexual e violência obstétrica.
Dados
Conforme entrevista publicada pela Revista Exame, uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres brasileiras vítimas a cada hora.
Os números fazem parte de uma pesquisa feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança. Os dados mostram que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal no ano passado, um total de 12 milhões de mulheres. Além disso, 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física, 8% sofreram ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. E ainda: 3% ou 1,4 milhões de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro.
A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família.