Cosems quer apoio do Estado para implantação do Coapes em Alagoas Municípios
Representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems); de instituições universitárias e da Comissão Estadual de Integração Ensino e Serviço (Cies), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), participaram, na última semana, no Memorial da República, em Jaraguá, de uma oficina sobre Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde (Coaps), normatizado e regulado pelo Ministério da Saúde (MS).
A apoiadora do Ministério da Saúde Marina Weizemmann apresentou os passos necessários à construção do Coapes e o que os municípios precisam fazer para formalizar a permanência dos estudantes ou residentes dos cursos da área de saúde nas práticas acadêmicas, a exemplo de residência, estágio, visita técnica ou aula-prática. Para aderir ao Coapes o município precisa dispor de um preceptor que já trabalha na saúde pública para supervisionar o estágio não remunerado deste público.
O secretário geral do Cosems, Clodoaldo Ferreira ressaltou que, conforme apresentado pela apoiadora do MS, poucas unidades federativas no país estão com seus Coapes normatizados e oficializados. “Precisamos ainda continuar realizando outras oficinas e grupos de trabalhos para avançarmos e concluirmos o Coapes em âmbito regional e formatar um único estadual”, reforçou.
De acordo com ele, os municípios de Maceió e Arapiraca já têm uma organização local junto às instituições de ensino, ambos ainda em construção. “Entre vários projetos e programas do MS, o de Residência Médica foi pensado para o fortalecimento e integração do ensino serviço na atenção primária e fixação do profissional médico na equipe de saúde da família. Contudo, reflete fragilidade no modelo institucional de ensino, em investimentos de estrutura física e escassos recursos financeiros para um efetivo fortalecimento de forma horizontal entre Ministério, instituições de ensino, Estado e municípios”.
Clodoaldo acrescentou que das 20 vagas ofertadas para a Residência Médica em Alagoas, apenas uma foi ocupada e, em seguida, o candidato teria desistido. “O governo estadual poderia se apresentar de forma mais efetiva quanto à organização do Coapes em nível regional, pois as experiências dos municípios e instituições que se apresentaram, demonstraram divergências e tiveram como maiores complicadores o emperramento do setor jurídico e a grande burocratização organizacional”, concluiu.
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