Estado garante seringas e agulhas para apoiar a vacinação em todos os municípios de AL Municípios
Para evitar qualquer descontinuidade na vacinação contra a Covid-19, o Estado de Alagoas se antecipou e já adquiriu seringas e agulhas a fim de garantir o abastecimento dos municípios que não tiverem insumos suficientes. Na manhã desta quarta-feira (13), o governador Renan Filho e o secretário da Saúde, Alexandre Ayres, visitaram o estoque de seringas, na sede do Programa Nacional de Imunização, em Maceió.
“O Estado tem condição de garantir seringas para todos os municípios que não tiverem. Aqueles que tiverem e puderem somar esforços conosco, utilizaremos juntos os nossos estoques. Mas, para aqueles que não têm, o Estado adquiriu seringas para todo mundo e esperamos que tenhamos a vacina o quanto antes para termos um plano de vacinação bem sucedido em Alagoas”, anunciou o governador. “Estamos nos preparando para não haver descontinuidade, caso os municípios tenham algum problema”.
A responsabilidade de distribuição de insumos é do governo federal, por meio do Ministério da Saúde, mas o Governo do Estado preferiu se antecipar assim que as vacinas avançaram em todo o mundo, como explicou o secretário da Saúde, Alexandre Ayres: “Como tivemos muita dificuldade com a aquisição de respiradores, lá atrás, decidimos organizar os nossos insumos o quanto antes”.
No estoque estadual, já há em torno de 1 milhão e 250 mil unidades de seringas e agulhas destinadas à imunização contra o novo coronavírus, de acordo com Ayres. “E estamos recebendo um novo carregamento nos próximos dias, para apoiar os municípios de Alagoas”, complementou.
Segundo o governador Renan Filho, o Governo está preparado para distribuir as vacinas a todas as regiões do estado em 24h após seu recebimento. “Alagoas é um estado relativamente pequeno, o que vai facilitar o Plano Estadual de Vacinação”, disse.
Ele lembrou que a prioridade inicial na imunização será dos profissionais de saúde, seguidos pelas pessoas acima de 75 anos e pessoas com comorbidades, mas afirmou que o Governo está avaliando, por conta do retorno das aulas presenciais, priorizar também a vacinação dos profissionais de educação.
O governador fez, ainda, um apelo para que a população – principalmente os que estão nos grupos de risco – mantenha as medidas de prevenção enquanto espera pela vacinação. “A gente já está muito próximo da vacina. Essas pessoas, especialmente idosos, com comorbidade e profissionais de saúde, têm que sustentar um pouco a interação social, manter o distanciamento, a higiene e, sobretudo, usar máscara em todos os momentos fora de casa para não adoecer agora”, alertou.
“Tivemos aproximadamente 60 mortes na semana passada, depois de ficar muitas semanas com 10 a 15 mortes; mas lembro que, no passado, já chegamos a ter 225 mortes em uma semana. Ainda não estamos próximo do que foi no pico, mas 60 mortes é muito representativo e são perdas muito significativas para as famílias de Alagoas”, lamentou.
Na visita, governador e secretário também inspecionaram os 50 novos respiradores e monitores enviados pelo Ministério da Saúde ao Estado esta semana.
Urgência em vacinar – Diante da alta de óbitos registrada em todo o mundo nas últimas semanas, o governador Renan Filho destacou a urgência em dar início à vacinação, o que depende do envio dos imunizantes pelo Ministério da Saúde.
“A gente espera que, o quanto antes, o país tenha vacina. O mundo bateu um recorde de mortes ontem por Covid-19, com mais de 17 mil óbitos. O Brasil vem também com uma crescente de óbitos. Os Estados Unidos, que já vacinaram mais de 8 milhões de pessoas, mesmo assim estão batendo recorde de mortes. Por isso é fundamental a amplitude da vacina, e iniciar a vacinação para que, o quanto antes, a gente imunize o maior número de pessoas e veja reduzir o número de mortes e internações em Alagoas”, afirmou.
Ampliação de leitos – O secretário da Saúde destacou que o Governo avalia a ampliação de leitos hospitalares, em função do crescimento no número de mortes observado nos últimos dias. “Acompanhamos a crescida na ocupação de leitos e estamos conversando com o Gabinete de Crise e o governador para ampliar o número de leitos disponíveis. Temos hoje 700 leitos, mas lembro a vocês que já tivemos 1.300 no auge da pandemia. Então temos capacidade organizacional para ampliar e garantir a internação da população”, finalizou.