Forte do Período Holandês começa a ser restaurado em Porto Calvo Municípios
A restauração do forte em terra da Ilha do Guedes, às margens do Rio Manguaba, em Porto Calvo, começou a ser feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artísitico Nacional (Iphan) com arqueólogos da Arqueolog Pesquisas. O trabalho iniciou no último dia 19 de novembro e o fortim já está ocupado para as tarefas dos profissionais de arqueologia para realizar a pesquisa e montagem de estrutura.
Segundo o estudo do Iphan, o reduto da Ilha do Guedes é um provável acampamento de JohannesLichthard, um almirante neerlandês a serviço da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, no século 17. Equipamentos de pesquisa arqueológica já estão no local e o forte já começou a cercado para prospecção do solo e estudos. A Prefeitura de Porto Calvo está acompanhando os trabalhos e dando o suporte necessário.
A secretária municipal de Cultura, Maria Terezinha de Oliveira, está otimista com a restauração do fortim. “Vai ser um marco para Porto Calvo. Nosso município só tem a ganhar. Espero que aconteça um boom do turismo em nossa cidade”, ressaltou.
O arqueólogo Marcos Albuquerque citou a importância do forte para a história. “Esse forte é essencial para a história de Porto Calvo. Acrescenta significativamente no Período da Ocupação Holandesa. É um marco nesse período importante da história do Brasil”, disse.
No século XVII a região foi cenário de movimentações de tropas, de batalhas e de fortificações durante o embate travado entre holandeses e ibéricos pelo território brasileiro.Em Porto Calvo, entre 1637 e 1645 , ocorreram cercos e batalhas que alternaram a sua posse, até que a campanha conduzida pelo conde Maurício de Nassau, após batalha decisiva, o conquistou, expulsando as tropas ibero-brasileiras para a Bahia.
A REVELAÇÃO DO FORTE
A revelação do fortim em terra em Porto Calvo ocorreu em março de 2015 durante o 1º Fórum de Arqueologia em Alagoas Período Ibérico/Holandês, que está sendo realizado na cidade de Penedo. Desde então o superintendente do Iphan em Alagoas, arquiteto Mario Aloísio, vem ressaltando que o órgão federal pretende restaurar o forte e transformar o local em um parque de visitação arqueológica. O estudo realizado pelo Iphan iniciou em 2013 e os arqueólogos fizeram diversas visitas ao histórico município do Litoral Norte de Alagoas.A pesquisa contou também com a parceria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e da ArqueologPesquisas