Guardiões da Cultura Popular: A arte viva nos municípios alagoanos Municípios
A cultura de um povo é o que ele tem de mais importante. São as manifestações intelectuais ou artísticas que podem caracterizar uma sociedade, perpetuando os costumes de uma sociedade na história da humanidade. Em comemoração ao mês do Folclore Brasileiro, celebrado em agosto, convidamos você a conhecer o que temos de melhor e a reverenciar quem eterniza Alagoas: os nossos guardiões da cultura popular.
Seja nas cores do Guerreiro e Pastoril, nas mãos que fazem o artesanato, na alegria da Chegança e da Embolada, nos versos do Cordel ou na melodia doce e regional do Pífano, o nosso estado é bem representado de ponta-a-ponta. São tantos mestre e mestras que respiram cultura e não nos deixam esquecer, nem sequer por um minuto, o que temos de mais rico e mais importante. Que elevam o valor da nossa gente.
1. pessoa que detém um conhecimento ancestral recebido do meio familiar e/ou de prática de convivência no grupo ancestral. 2. tem ampla experiência e capacidade de transmitir estes conhecimentos e as técnicas necessárias para a produção, difusão e preservação de uma expressão tradicional popular. 3. Tem seu trabalho reconhecido pelos agentes da manifestação cultural que representa, pela comunidade onde vive, como também por outros setores culturais, constituindo importante referencial da cultura tradicional popular.
Confira alguns dos nossos mestres:
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CHAU DO PIFE
Tocador de pífano há mais de 30 anos, Chau, como é conhecido, é um dos músicos mais talentosos e respeitados atualmente em Alagoas. Filho de um agricultor de Boca da Mata, sua cidade natal, região do sul do estado de Alagoas, instruído pelo pai, usava quando garoto um instrumento feito de taboca para espantar os pássaros das plantações de milho da família e da vizinhança. Ao perceber que o filho havia tomado gosto pelo apito, seu pai presenteou-o com um pife de seis furos. Trocou então o milharal pelas feiras livres da cidade onde começou a ganhar seus primeiros trocados como tocador de pife.
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MESTRE TRAÍRA
Maria Benedita dos Santos, mais conhecida por “traíra” Mestra Benedita, nasceu dia 26 de outubro de 1954, na Vila Real, hoje Povoado do Poxim, no município de Coruripe. Mané do Rosário, é um grupo de folguedo próprio mais típico de Alagoas e talvez do Brasil. É um folguedo próprio do Povoado Poxim e ligado à devoção popular de São José.
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MESTRE IRINÉIA
Mestra de artesanato em barro obras de arte feita cabeça e outras peças em cerâmica, natural de União dos Palmares, nasceu dia 07 de janeiro de 1947, dona Irineia Rosa Nunes da Silva, é reconhecida como uma da mestra mais importante do trabalho com barro da Região do Estado, ela é considerada como uma das melhores artesãs que trabalha com o artesanato em barro em Alagoas.
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MESTRE ANTÔNIO CELESTINO
Na década de 50 iniciou a fundação da atual aldeia Fazenda Canto para buscar e resgatar seu povo que estava disperso nas periferias da cidade. Hoje com 84 anos de idade, Antônio Celestino da Silva é natural dePalmeira dos Índios, nasceu dia 15 de maio de 1938 no Município de Palmeiras dos Índios, Região Agreste de Alagoas, há mais de 60 anos aproximadamente na tribo/Etnia Xucuru, Kariri de Palmeira dos Índios. O grupo indígena, já se apresentou em Maceió, Brasília, Recife, Juazeiro do Norte e Ceará.
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MESTRE DECA
José Ricardo dos Santos Neto, Mestre Deca, é Mestre do grupo de dança de São Gonçalo desde a década de 60, onde formou um grupo de Dança de São Gonçalo junto aos devotos, mantendo assim a tradição cultural no município de Água Branca, A dança de São Gonçalo é, talvez, um dos ritos mais difundidos do catolicismo rural brasileiro.
*Alagoas tem 40 mestres da cultura popular todos são igualmente importantes e representam nosso estado. Esse é apenas um pequeno recorte.