Chamava-se, antes, Freguesia de Nossa Senhora Mãe do Povo. Mudou sua denominação, segundo a tradição, depois que um pescador encontrou na praia uma peça de madeira coberta de musgos e algas marinhas. Ao levá-la para casa e fazer sua limpeza, descobriu que se tratava de uma imagem de São Miguel Arcanjo, provavelmente caída de alguma embarcação. Ao terminar o trabalho de limpeza, o pescador descobriu espantado, que uma ferida persistente que o afligia há tempos estava totalmente cicatrizada.
A notícia logo se espalhou, fazendo com que aparecessem pessoas em busca de cura para suas doenças e de novos milagres. Sua colonização tomou corpo durante o período da invasão holandesa, quando moradores da sofrida Porto Calvo fugiram em busca de um lugar seguro para abrigar suas famílias e de onde pudessem avistar com antecipação a chegada dos inimigos batavos. A capela inicial, que deu origem à freguesia estabelecida pela Igreja Católica, foi dedicada a Nossa Senhora Mãe do Povo.
Sua história está ligada, pela proximidade, à de Porto de Pedras e à de Porto Calvo, antigo Santo Antônio dos Quatro Rios ou, ainda, Bom Sucesso. Disputa com Porto de Pedras a primazia de ser a sede do Engenho Mata Redonda, onde ocorreu a célebre batalha do mesmo nome travada, entre o exército holandês e as forças luso-espanholas e vencida pelo General Artikchof. É compreensível a querela, uma vez que os atuais municípios não estavam formados e os limites eram imprecisos. Por muito tempo, o Engenho Democrata foi destaque na produção de açúcar na região. Igualmente, o povoado foi líder na produção de cocos, quando ainda pertencia a Porto de Pedras.

