Órgãos de controle dizem que transparência é uma das principais ferramentas

Com a proximidade de janeiro, os prefeitos eleitos em outubro enfrentam um momento crucial para suas gestões: a transição administrativa. Esse período exige planejamento estratégico, análise detalhada das realidades municipais e o compromisso com uma gestão pública de excelência, voltada para os desafios de uma sociedade cada vez mais exigente e conectada.

A primeira tarefa é compreender a situação atual do município, incluindo as contas públicas, os contratos vigentes e as demandas prioritárias. Esse levantamento, aliado à formação de uma equipe técnica qualificada, é essencial para assegurar que os primeiros 100 dias de governo sejam marcados por ações concretas e eficientes.

Representantes dos órgãos de controle participaram do eixo para novos gestores, no Congresso dos Municípios Alagoanos apresentando estratégias necessárias para que os administradores possam passar pela gestão sem se preocupar com possíveis sanções administrativas e penais.

O Procurador Geral de Justiça, promotor Lean Araújo alertou para quatro princípios que todos devem observar a partir de um diagnóstico necessário : planejamento, transparência e incentivo ao controle interno. “Pilares eficientes que evitam futuras responsabilizações”, pontuou o procurador. Especificamente o controle “precisa sair do foco burocrático para enxergar riscos e preveni-los” disse o Superintendente da CGU em Alagoas, Nelton Martins. Já o Diego Padilha, Secretário do TCU em Alagoas reforçou também a importância do arquivo da documentação ” na medida do necessário” , como também a estruturação dos sistemas de controle municipal.

O eixo dos novos gestores foi coordenado pelo advogado Henrique Vasconcelos e o assessor jurídico da AMA Jorival França que também apresentaram as demandas dos prefeitos no atual momento onde se discutem mudanças em várias legislações e a necessidade do chamado “apagão das canetas”, que discute a burocracia no setor público.

Outro ponto fundamental é o planejamento orçamentário. Com recursos limitados, é necessário estabelecer prioridades claras, garantindo que áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura recebam a atenção devida. A busca por parcerias, convênios e alternativas de captação de recursos também deve estar no radar, sobretudo em um cenário de crescentes demandas sociais.

Além disso, a modernização da gestão pública é uma tendência irreversível. Prefeitos que investirem em tecnologia, transparência e na capacitação de equipes terão um diferencial significativo. Ferramentas digitais para a gestão de serviços e a participação cidadã, por exemplo, não apenas melhoram a eficiência administrativa, mas também fortalecem a relação entre governo e sociedade.

Os desafios são muitos, incluindo questões como a crise fiscal, mudanças climáticas e o desenvolvimento econômico local. No entanto, com planejamento, inovação e diálogo, é possível transformar dificuldades em oportunidades, colocando o município em um caminho de crescimento sustentável.

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) está pronta para apoiar os gestores nessa caminhada, oferecendo capacitações, consultorias e ferramentas que auxiliem no aprimoramento das gestões. Que os prefeitos eleitos assumam com coragem e determinação, inspirados pelo compromisso de construir administrações cada vez mais exemplares e que atendam aos anseios da população.