Seca se intensifica ,avança no sertão e AMA alerta municípios Municípios
Seca se intensifica ,avança no sertão e AMA alerta municípios
Somente Roraima registrou redução da área com seca, enquanto o fenômeno avançou em 15 estados e retornou a quatro estados nordestinos
Entre junho e julho, em termos de severidade em 15 unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. Em outros quatro estados a seca voltou a ser verificada em julho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Em julho Alagoas voltou a registrar seca em 29% de seu território, depois de ter estado livre de seca entre maio e junho. É a maior área com registro do fenômeno desde os 50% registrados em março deste ano. Diante deste quadro, a Associação dos Municípios Alagoanos- AMA – já começou o trabalho de orientação para que os municípios atualizem a documentação exigida pela Defesa Civil Nacional e não fiquem fora da decretação do estado de emergência o que garante às cidades o beneficio dos carros pipa.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a condição mais branda do fenômeno em julho, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca extrema. Entre junho e julho, houve uma intensificação do fenômeno em todas as cinco regiões do Brasil. Considerando a extensão da área com seca, o fenômeno se expandiu nos territórios de todas as regiões nesse período. O Sul teve a menor área com seca (21%) e o Centro-Oeste teve o registro do fenômeno na totalidade de seu território em julho.
Na comparação entre junho e julho, 15 estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Tocantins. Já em outros quatro estados a seca voltou a ser registrada: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, Roraima teve um recuo da seca. Em cinco unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Por sua vez, dois estados se mantiveram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE , SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Nove unidades da Federação registraram seca em 100% do território em julho deste ano: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 5% a 98%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de julho, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre junho e julho, a área com o fenômeno aumentou de 5,96 milhões para 7,04 milhões de km², o equivalente a 83% do território brasileiro.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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