Cosems-AL participa de reunião com MPF para discutir enfrentamento da meningite Municípios
O aumento de casos da meningite meningocócica em Maceió motivou esta semana o procurador regional dos Direitos dos Cidadãos, Bruno Lamenha, do Ministério Público Federal (MPF) a se reunir com representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL), Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) para discutir ações conjuntas para o enfrentamento do surto de meningite na capital alagoana.
Na ocasião, o MPF deu dez dias para os órgãos encaminharem o relatório de atividades preventivas e combativas. Na última semana, o Ministério da Saúde reconheceu o surto de meningite meningocócica em Maceió e, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Sesau, até essa terça-feira (19) foram registrados em Alagoas 29 casos de meningite meningocócica, com 11 óbitos da doença no estado. Do Cosems-AL, participaram das discussões a vice-presidente Paula Gomes e a assessora técnica Kathleen Moura.
A meningite é considerada um grave problema de saúde pública, pela sua magnitude, potencial de transmissão, patogenicidade e relevância social.
A transmissão da doença ocorre por meio do contato de pessoa a pessoa por meio de secreções respiratórias de indivíduos infectados. Com relação aos sinais e sintomas, podem ser bem variados, sendo os mais comuns a febre, cefaleia, vômitos e, na maioria dos casos, surgem também manchas avermelhadas ou equimoses (manchas roxas) na pele. Em crianças menores de 1 ano podem estar presentes também a irritabilidade, choro persistente e/ou abaulamento de fontanela.
A vice-presidente do Conselho ressaltou a importância dos profissionais de saúde estarem capacitados para o reconhecimento dos sinais e sintomas, como também fazer a quimioprofilaxia em tempo oportuno.
Da acordo com ela, o município que tiver casos suspeitos deve de imediato comunicar ao Centro de Informações Estratégias em Vigilância e Saúde (Cievs) e acionar a regulação estadual caso o paciente necessite de transferência para as referências hospitalares, que são atualmente o Hospital Escola Dr. Élvio Auto, HGE e Hospital da Criança.
A doença meningocócica é de notificação compulsória imediata (ou seja em até 24 horas) e qualquer individuo que identifique os sinais e sintomas deve comunicar de imediato as autoridades sanitárias.