Traipu comemora 125 anos de emancipação política com desfile cívico e cultural Cultura
Os traipuenses, povo guerreiro do Agreste alagoano, têm muito o que comemorar nesta terça-feira, 16 de maio. Há 125 anos, o povoado Traipu foi elevado à condição de cidade por imposição da recém-proclamada República.
Desde então, os moradores do município localizado às margens do Rio São Francisco, lutam, todos os dias, para não perder de vista sua história, seus costumes, sua cultura, enfim, suas raízes.
Uma pequena mostra disso será dada nesta terça, durante as comemorações de sua Emancipação Política, quando Traipu se desgarrou da Vila de Penedo e conquistou sua independência.
A programação da Prefeitura de Traipu terá início às 7h, com uma queima de fogos em frente ao prédio-sede do Executivo municipal. Serão 125 tiros para simbolizar a bravura e a garra dessa população, que, segundo conta o historiador Jenner Glauber Melo Torres, em seu livro, “A História de Traipu”, precisou se refugiar, em 1713, na Serra da Tabanga (lugar lindo, de natureza exuberante!), para fugir da invasão holandesa.
Às 9h, as bandeiras serão hasteadas sob o som da filarmônica Lira Traipuense. Afinal, não poderia ser diferente. A cidade dos músicos, como é conhecido o município, não deixaria de comemorar o dia que marcou sua independência, sem as presenças dos tradicionais músicos, que possuem renome internacional.
A religiosidade dos traipuenses – presente desde o início de sua fundação, que se deu no final do século XVII e início do século XVIII, se fará representada nas comemorações dessa terça. A missa na Igreja de Nossa Senhora do Ó, padroeira e protetora da cidade, terá início às 10h.
À tarde, a programação prossegue a partir das 15h, com a desfile cívico pelas principais ruais da cidade. A Guarda Municipal abrirá a apresentação, seguida das bandas fanfarras de Traipu e de cidades vizinhas.
Cada uma delas será acompanhada por alunos da rede municipal e estadual, que farão referência ao pescado, ao artesanato e os folguedos do município.
“Será mais uma demonstração de nosso resgate. Temos história, temos cultura e temos tradição”, ressaltou a secretária-executiva de Cultura, Dulcinea Soares.