Turismo de isolamento e hiperlocal: novas modalidades ganham expressão na pandemia Municípios
Meses depois da declaração de pandemia por conta do novo Coronavírus (Covid-19), pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mudanças são verificadas em todos os aspectos, inclusive no mercado turístico. As modalidades de turismo de isolamento e hiperlocal ganharam maior expressividade com as medidas de enfrentamento ao vírus. Elas já existiam e, desde 2017, eram bastante exploradas pelo turismo de luxo, a partir do comportamento do público alvo.
A área de Turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca o fenômeno de maior busca por destinos não tão explorados, onde o isolamento é um reflexo do acesso ou da pouca divulgação. Também explica o vínculo com o turismo hiperlocal, caracterizado por destinos que ficam a, no máximo, 300 quilômetros da cidade do hóspede e pode-se chegar de carro. Praias, cachoeiras, ilhas, chapadas, serras, cânions e vilarejos são alguns dos chamados destinos “escondidos” no Brasil.
Famílias e pequenos grupos representam o público potencial do turismo de isolamento e hiperlocal, que procuram por lazer, contato com a natureza e novos ambientes, com segurança sanitária. Identificado esse nicho, empresários da rede hoteleira apostam no crescimento e na popularização do mercado, até então, mais explorado pelo turismo de luxo em função da característica mais reservada e altruísta.
Dica
As medidas de isolamento social, adotadas em todo o país, deram maior visibilidade às duas modalidades turísticas, que têm conquistado espaço. Conforme a área técnica da CNM tem mostrado, a retomada do turismo no país será gradual, mas as novas potencialidades podem ajudar neste processo. Assim, a entidade recomenda aos gestores ações de valorização dos destinos locais e de viagens de curta duração, realizadas pela malha viária.
Uma dica é investir em marketing e comunicação, de forma que o atendimento das exigências do público sejam mostradas e fiquem ressaltadas as medidas de segurança adotadas. Lembrando ainda que os protocolos de segurança adotados pelos estabelecimentos; os selos indicados; o uso de produtos de desinfeção e higienização, como o Fog in Place (FIG); são soluções de biossegurança atóxica – cobre superfícies com uma película que impede a proliferação de vírus e bactérias.
Intenção
A área técnica de Turismo da CNM sinaliza ainda pesquisa realizadas por plataformas digitais, em que 63% dos cinco mil entrevistados afirmam intenção de neste segundo semestre, ou seja, a oferta do turismo de isolamento pode ganhar ainda mais adeptos. Para a CNM, haverá um considerável aumento das viagens em família ou em pequenos grupos, como forma de aliviar as tensões da quarentena e mudar de ambiente.
O crescimento dessas viagens domésticas beneficia os Municípios, pois a saída para locais próximos das residências movimenta a economia local, reduz risco dos envolvidos nos traslados, favorece novas rotas turísticas e ajuda na retomada das atividades em nível local.
Por Raquel Montalvão
Foto: EBC
Da Agência CNM de Notícias, com informações do e viagem Estadão