Com orçamento de R$ 2,292 bi para Censo 2022, IBGE inicia treinamentos de instrutores Municípios
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reiterou a necessidade de R$ 2,292 bilhões para realização do Censo Demográfico 2022 – R$ 2 bilhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA 2022) e R$ 292 milhões autorizados pela Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento. Assim, os treinamentos presenciais para a formação da rede de instrutores começaram no último dia 6 de dezembro.
Por meio de comunicado, o IBGE endossou: “a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e o aceite do Ministério da Economia permitem ao IBGE e à sociedade brasileira plena confiança na Comissão Mista Orçamentária, no âmbito do Legislativo, em harmonia com os demais Poderes”. Segundo o Instituto, o Censo 2022 visitará todos os domicílios do país a partir de junho do ano que vem.
O grupo será capacitado em relação ao percurso e cobertura dos setores censitários, conceitos dos quesitos que estão nos questionários (amostra e básico). Também são orientados quanto à abordagem ao entrevistado, especialmente durante a visita às terras indígenas e territórios quilombolas. Com apoio da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), também são ensinadas técnicas didáticas aos novos instrutores.
Além dos treinamentos presenciais, foi desenvolvido também um curso a distância para treinamento dos agentes que farão a coleta de informações sobre a infraestrutura urbanística antes do início do recenseamento. O trinamento a distância deve promover a formação dos Agentes Censitário Municipal, Agente Censitário Supervisor (ACMs/ACSs) e recenseadores, com informações essenciais sobre a operação censitária.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acompanha todos os tramites para realização do Censo, que deveria ter ocorrido em 2020, pela importância dela para os Municípios brasileiros. O número de habitantes define os coeficientes de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e essa é a principal fonte de custeio da maioria das cidades. Também é usado para transferências de recursos de inúmeros programas federais.
Para a entidade, o Censo ainda beneficiará significativamente a gestão pública municipal com informações socioeconômicas de qualidade para nortear as políticas públicas locais. Além de resolver o problema da defasagem das estimativas populacionais do IBGE, tendo em vista que a contagem populacional deveria ter sido realizado em 2015, mas não ocorreu, por problemas orçamentários, fato que ocasiona perdas significativas de receitas e dificuldades para prestar serviços essenciais à população.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do IBGE