Mensalmente, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) faz o acompanhamento da evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do governo federal, o qual o Conselho Monetário Nacional (CMN) determina uma meta para cumprimento. A edição de junho deste ano do Informativo CNM de Inflação avalia que houve crescimento de 0,67% no mês de junho, acelerando em 0,20 p.p. em relação a maio de 2022 e superior ao IPCA observado em junho de 2021 (0,53%).

Os preços foram coletados de 28 de maio a 29 de junho de 2022 (referência) contra os preços vigentes entre 30 de abril de 2022 a 27 de maio de 2022 (base). O IPCA avalia mensalmente uma cesta de 377 itens para famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos. As edições anteriores do Informativo CNM de Inflação estão disponíveis aqui.

De acordo com o levantamento, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 11,89%, voltando a acelerar depois da retração no mês anterior. Junho foi o décimo mês consecutivo com a taxa de inflação superior a dois dígitos. Cabe ressaltar que este valor está consideravelmente acima do que a inflação projetada como centro da meta, pelo CMN, de 3,5% para 2022, e mesmo do limite superior da meta, fixado em 5,0%.

A elevação da taxa de inflação também pode ser observada a partir do quão generalizado foi o aumento de preços no mês. Dos 377 itens analisados no período, 251 (67%) registraram a ocorrência de inflação, uma redução em relação ao mês anterior e o menor resultado desde dezembro de 2021. Isso significa que a inflação se concentrou em menos produtos da cesta.

A Confederação destaca que a persistência da inflação acima de dois dígitos pelo décimo mês consecutivo tem elevado consideravelmente o custo de vida nos Municípios brasileiros. Confira aqui a íntegra do estudo.

Da Agência CNM de Notícias