Artesanato é fortalecido com parcerias comerciais promovidas pelo Governo Feliz Deserto
O intercâmbio de uma semana de visitas e parcerias comerciais entre artesãos alagoanos e lojistas de diferentes partes do país rendeu uma grande movimentação para a economia produtiva local. Os profissionais de 13 cidades alagoanas, escolhidos com objetivo de representar a diversificação das tipologias presentes em Alagoas, comercializaram juntos mais de R$ 100 mil em peças, que serão agora expostas e vendidas em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
A expressividade dos números não é à toa. Por meio da proposta de estabelecer uma relação de negócios sem intermediários, as Expedições de Lojistas, realizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com o Sebrae Alagoas, vem estreitando ainda mais os laços comerciais entre artesãos e representantes do mercado nacional, impulsionando, assim, as oportunidades de transações comerciais.
Replicada e ampliada a cada edição, essa ação tem consolidado um ambiente propício para a prospecção de novas parcerias estratégicas voltadas para o fortalecimento do artesanato alagoano. Com características genuínas e ainda não tão exploradas fora do Estado, as produções transmitem identidade própria e atribuem experiência humana pelas mãos dos profissionais, como ressalta o representante da loja Paiol, de São Paulo, Lucas Lassen.
“Alagoas é um Estado muito rico em arte popular, mas pouco conhecido pelas pessoas. Foi um mercado que ficou por muito tempo fechado e agora, aos poucos, começa a abrir para negociações com empresários de outras regiões, como é o meu caso. Já faz cinco anos que venho me aproximando da arte do Estado e fico muito feliz de conhecer de perto tantos talentos e colaborar com a cadeia produtiva local”, pontua.
Junto ao Lucas, outros quatro lojistas estiveram nas cidades de Porto de Pedras, União dos Palmares, Capela, Boca da Mata, Penedo, Feliz Deserto, Coruripe, Marechal Deodoro, Lagoa da Canoa, Batalha, Belo Monte, Pão de Açúcar – Ilha do Ferro e Maceió, para conhecer in loco as produções artesanais alagoanas. Além, claro, da possibilidade de contato com outros mercados, a ida dos representantes até o próprio local de produção dos artesãos agrega também valor às peças, ao atribuir humanidade ao processo de criação.
Relações comerciais
Em contrapartida, essa proximidade tem garantido que as relações comerciais permaneçam para além das expedições. Fora as peças vendidas diretamente durante as visitas, estima-se um total de mais de R$ 200 mil negociados em encomendas para os próximos 12 meses.
“Essas parcerias comerciais atuam como uma via de relacionamento contínuo com os diferentes mercados. Daí a importância da realização periódica de ações que promovam a comercialização por meio de diferentes canais, como as feiras nacionais, eventos locais ou expedições de lojistas. Cada troca é válida e muito enriquecedora para o artesanato alagoano”, frisa a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos.