Atividades científicas, sociais e educacionais marcam passagem da VI Expedição Científica do Baixo São Francisco por Traipu Educação
Traipu recebeu, nesta quinta-feira (24), a 6ª edição da Expedição Científica do Baixo São Francisco. Os barcos com as equipes de pesquisadores chegaram à orla da cidade por volta das 11h.
Com mais de 90 pesquisadores de diversas áreas e regiões do Brasil, a Expedição iniciou ações por todo o município. Houve coleta de amostras em 35 áreas, ações de educação ambiental, soltura de peixes, consultas médicas, exames, exposição da Marinha do Brasil, oficinas de nós e voltas, palestras para os pescadores e canoeiros, atividades educativas para crianças e adolescentes, entre outras.
As ações foram realizadas durante todo o dia, de forma simultânea, no Ginásio Ribeirão, na orla da cidade, no Rio São Francisco, em escolas e unidades de saúde.
Representando a Superintendência de Recursos Hídricos de Alagoas, o biólogo Marcilio Ferreira explicou que o intuito da instituição na Expedição é trazer a conscientização sobre a questão da conservação dos mananciais.
“É necessário trazer essa conscientização sobre a questão da conservação dos mananciais, tanto superficiais quanto subterrâneas, bem como os tipos de poluentes. Explicar como a gente também pode evitar o desperdício, como é que funciona o sistema de tratamento. Há maneiras de usarmos terra, cascalho e pedras, para construir um sistema de infiltração simples e nós trouxemos uma simulação disso para mostrar na expedição”, salientou o biólogo.
Os proprietários de barcos e canoas traipuenses participaram de palestras e tiveram o título de inscrição de embarcações feito pela Marinha do Brasil.
“Estamos tocando o barco do Projeto Canoa Legal, que tem o objetivo de atender o pessoal de baixa renda, pescadores, canoeiros, proprietários de canoas, que são a grande maioria não inscritas junto à autoridade marítima, ou seja, não possuem qualquer tipo de documentação. Então, nós fizemos a reequação dessas embarcações e emitimos o título de inscrição delas. A partir de então a embarcação estará registrada. É um serviço gratuito que tem a capacidade de reduzir o número de infrações. Nós contribuímos trazendo, entre tantas outras coisas, a lei de segurança de tráfego aviário para a segurança do Rio São Francisco”, afirmou o agente fluvial da Marinha, capitão-tenente Azevedo.
A passagem da Expedição Científica do Baixo São Francisco por Traipu foi um sucesso e tornou a cidade para a ciência, tecnologia, pesquisa e informação, beneficiando toda a comunidade ribeirinha. Os pesquisadores realizaram exames e orientaram moradores sobre a construção de fossas agroecológicas para promover o saneamento e a saúde.
“ Traipu é privilegiada por estar na rota da Exposição Científica do Baixo São Francisco. Uma ação de extrema importância que tem contribuído para a ciência, educação e para toda a sociedade. Sempre levando cuidado, ensinamentos, respeito e qualidade de vida para as comunidades ribeirinhas. É sempre um prazer para os traipuenses receber a Exposição e já estamos ansiosos para a próxima edição”, disse o prefeito de Traipu, Lucas Santos.
Além de Traipu, os municípios alagoanos de Piranhas, Pão de Açúcar, Penedo, São Brás, Igreja Nova e Piaçabuçu, juntamente com a cidade sergipana de Propriá, foram contemplados a expedição que segue até o dia 27 de novembro.