Avanço da variante Ômicron do coronavírus deve prejudicar recuperação do setor de turismo nos Municípios Municípios
No ano de 2020 o setor de turismo perdeu cerca de 26% da receita, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2021, com o avanço da vacinação, o faturamento aumentou em 22,5% e a demanda para este ano, que era promissora, caiu muito com o avanço da nova variante. O ano de 2022 começa marcado por incertezas e deve desacelerar o setor.
Os dados levantados pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) mostraram que o primeiro impacto do coronavírus causou uma queda de 58% dos ganhos das agências entre 2019 e 2020 — de R$ 33,9 bilhões para R$ 14 bilhões.
A área de Turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) avalia que os impactos devem ser negativos e por isso faz um alerta aos Municípios. Para a entidade, os Entes locais, principalmente na temporada de férias, devem informar os protocolos de funcionamento das atividades do Município, quais os cuidados na prevenção do Covid-19, além de disseminar dicas e informações importantes de saúde.
A CNM entende ainda que o ritmo da recuperação do setor de turismo nos Municípios continua ocorrendo de forma gradual e desigual e isso se deve aos diferentes protocolos adotados por cada local, às taxas de vacinação e à confiança do turista em voltar a viajar.
As expectativas para 2022 como um todo são positivas, mesmo com uma retração prevista para o primeiro trimestre. Em estudo feito com associados, a Abav mostrou que um terço das empresas esperam faturamento 60% maior neste ano que no ano anterior. Outros 27% esperam alta de 50%. Mas o que o setor mais teme é que a ômicron tenha entrado em cena para mudar os planos e repetir o baque do início da pandemia.
Recomendações de saúde
A área de Saúde da CNM faz um alerta de que a variante Ômicron tem uma maior taxa de transmissão e mostra-se mais branda em pessoas vacinadas com as duas doses e a dose de reforço. Por ser mais transmissível, a vacinação e as medidas não farmacológicas – utilização de máscaras, higienização e distanciamento social – devem ser fortalecidas pelos Municípios.
Ainda segundo a área, as máscaras de pano não são recomendadas, por não promoverem a filtragem contra a nova variante. Os pesquisadores recomendam a utilização de máscaras em grau de proteção como a PFF2, máscara cirúrgica ou KN95. Essas máscaras possuem uma melhor filtragem, sendo que a PFF2 possui a melhor vedação.
A higienização das mãos e objetos continuam a ser recomendadas e os Municípios devem elaborar estratégias para evitar aglomerações em lugares abertos e principalmente fechados e respeitar o distanciamento de pelo menos um metro entre os indivíduos.
Junto com essas medidas, a realização de educação e promoção em saúde e a obrigatoriedade da vacinação para frequentar locais turísticos pode ser uma estratégia positiva, uma vez que tem como objetivo incentivar a vacinação e reduzir a ocorrência de casos graves e internações por Covid-19 no município.
Da Agência CNM de Notícias, com informações do G1