Em 2016, o FPM já é 13,42% menor que ano passado

Prefeitos alagoanos vão participar da Marcha para reivindicar

fpmO 1º decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês de abril que será pago nesta sexta-feira, dia 08, em termos reais teve uma queda de 11,98%. Segundo a CNM, em comparação ao primeiro decêndio do mesmo mês em 2015, houve uma queda de 4,8% em termos nominais, ou seja, comparando os valores sem considerar os efeitos da inflação. O estudo é da Confederação Nacional dos Municípios.

No acumulado de 2016, ou seja de abril de 2015 até agora, o FPM está 13,42% menor.  O fundo soma nominalmente R$ 24,515 bilhões frente aos R$ 25,772 bilhões no mesmo período do ano anterior. Situação preocupante, que vem se repetindo ao longo dos anos. Para tentar pressionar o governo Federal por melhores repasses, os prefeitos alagoanos vão se reunir mais uma vez na XIX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, nos dias 9, 10, 11 e 12 de maio.

“O FPM do dia 10 será 4,8% menor do que o ano anterior, com a inflação isso representa mais de 11%. O mesmo acontece com o acumulado do ano”, afirmou Jorge Dantas, secretário geral da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e terceiro vice-presidente da CNM, ao relatar a difícil situação dos municípios, principalmente os menores, assunto que deve ser tratado na Marcha.

Para a CNM, a situação de queda nominal dos repasses realizados ao fundo é extremamente preocupante. Quase 5% a menos no bolo do fundo prejudica ainda mais as finanças municipais, deixando os gestores em uma difícil situação: menos recurso para custear o aumento de obrigações a ele imposta e o aumento de preços consequente da alta inflação.

Esse primeiro decêndio de abril sinaliza que a expectativa otimista da Secretaria do Tesouro (STN), de crescimento nominal para o mês de abril frente a abril de 2015, será de difícil concretização. Portanto, a Confederação alerta aos gestores municipais que refaçam seus planejamentos financeiros, a fim de conseguir amenizar os efeitos oriundos da crise em que o País está imerso.