Informativo CNM: redução no preço dos combustíveis leva a segundo mês de deflação Administrativa
A Edição 08/2022 do Informativo CNM de Inflação faz uma avaliação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto. A inflação, mensurada pelo IPCA, caiu 0,36% no mês de agosto, o menor resultado para o mês desde 1998. A comparação se deu no período de 29 de julho a 29 de agosto de 2022 contra os preços vigentes entre 30 de junho de 2022 a 28 de julho de 2022.
Elaborado mensalmente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o informativo realiza o acompanhamento da evolução do IPCA, que é o indicador oficial de inflação do Governo Federal, o qual o Conselho Monetário Nacional (CMN) determina uma meta para cumprimento. O IPCA avalia mensalmente uma cesta de 377 itens para famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos.
De acordo com o levantamento da CNM, o IPCA acumulado em 12 meses, chegou a 8,73%, interrompendo uma sequência de 11 meses com a taxa de inflação superior a dois dígitos. Cabe ressaltar que este valor está consideravelmente acima do que a inflação projetada como centro da meta, pelo CMN, de 3,5% para 2022, e mesmo do limite superior da meta, fixado em 5,0%.
A elevação da taxa de inflação também pode ser observada a partir do quão generalizado foi o aumento de preços no mês. Dos 377 itens analisados no período, 246 (65%) registraram a ocorrência de inflação, representando um leve aumento em comparação ao mês superior.
Em julho e agosto, o IPCA acumulou uma deflação de 1,03%, cedendo, pela primeira vez em quase um ano, a barreira da inflação anual de 10%. A pressão sobre a inflação de Alimentos continua a elevar consideravelmente o custo de vida nos Municípios brasileiros. Este cenário torna complicada a tarefa do Banco Central de trazer a inflação para os intervalos da meta.