Regiões Agreste e Caatinga de Alagoas podem ter Instâncias de Governança formalizadas para o Turismo Municípios
A ideia é reunir os municípios que canalizam o turismo nessas regiões, fomentando a atividade no interior do estado de forma mais ampla e sem priorizar uma só cidade, mas todo o conjunto de localidades
Os municípios alagoanos cuja atividade econômica gira em torno do turismo devem ter novas Instâncias de Governança formalizadas nessa área, em breve. Além da Instância de Governança Lagoas, Rios e Mares do Sul, que reúne cidades do litoral sul de Alagoas e já está formalizada, o Sebrae Alagoas agora está atuando na construção das Instâncias do Agreste, Caatinga e Caminhos do São Francisco.
A ideia é que essas Instâncias de Governança reúnam os municípios que ajudam a canalizar o turismo nessas regiões, fomentando a atividade no interior do estado de forma mais ampla, sem priorizar uma cidade específica, mas todo o conjunto de localidades.
Para isso, o Sebrae Alagoas se ampara no Plano Nacional de Turismo, que busca enfatizar o fortalecimento da atuação regionalizada, além do incentivo à inovação e à melhoria da qualidade, competitividade e sustentabilidade da atividade turística.
A consultora da empresa credenciada ao Sebrae, Silvânia Barros Correia, destaca que o sucesso dessas Instâncias de Governança será resultado da criação de parcerias estratégicas e da gestão integrada e descentralizada de programas e projetos que possibilitem a cada região e municípios compartilhar alternativas de desenvolvimento, respeitando suas realidades e vocações.
“Esta relação precisa ser compreendida, para que sejam orientadas as políticas e ações locais e regionais para a consolidação da visão e esforço comum”, explica. “A articulação regional é fundamental para o processo de integração e fortalecimento da governança, de forma a ser atuante e reconhecida pela comunidade regional, através de ações estratégicas e da cooperação entre municípios de uma região turística”, completa ela.
Amanda Pinto, analista da Unidade de Competitividade e Desenvolvimento (UCD) do Sebrae Alagoas, revela que a instituição já iniciou o planejamento e a formalização das instâncias do Agreste e Caatinga, e que no próximo mês de agosto terá início o trabalho com a Instância Caminhos do São Francisco.
Ela conta que a maioria das prefeituras está aceitando e participando das ações por meio do secretário municipal ou diretor de turismo. “Tenho alguns depoimentos dos presidentes das Instâncias e eles estão gostando muito da consultoria”, revela.
Amanda Pinto cita dois principais entraves encontrados nesse caminho para elaboração de novas Instâncias de Governança: participação não efetiva de algumas prefeituras e a falta de percepção de muitos representantes do poder público quanto a importância da atividade turística para o município.
“Teremos que contextualizar o turismo e sua importância para o desenvolvimento do município. Mostrar que esse desenvolvimento pode causar um impacto economicamente positivo para o destino, para várias cadeias produtivas com interface com o turismo”, explica. “Também precisaremos mapear os atrativos turísticos de algumas cidades e transformá-los em um produto turístico vendável”, completa a analista.
Para estreitar a relação e agilizar o processo de formalização das instâncias, novas reuniões vêm sendo realizadas pelo interior. “O desafio é grande, mas ao mesmo tempo estimulante. Acredito que estamos no caminho certo. Tivemos uma boa participação dos municípios em reunião recente, com a presença de quase 30 pessoas”, conta Marcos Jacinto, presidente da Instância Lagoas, Rios e Mares do Sul.
“O encontro foi ótimo, bem atrativo. A Silvânia [Barros Correia] é muito prática, incisiva e inteligente”, avalia Kyka Tenório, diretora de Turismo de Arapiraca, referindo-se ao andamento dos trabalhos no município. A mesma avaliação é feita pelo presidente da Instância da Caatinga, Ederlan da Cunha Santos, citando o trabalho da consultoria contratada pelo Sebrae Alagoas. “A Silvânia [Barros Correia] vem nos ajudando muito bem no plano de desenvolvimento e ação, estatuto para criação do CNPJ e formalização da nossa Instância. Ficamos muito gratos pela parceria”, destaca.
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