Rocheira de Penedo é analisada pela Semarh e por especialista em Geologia Meio ambiente
Visita técnica aponta diferenças entre a formação rochosa e os cânions da Lago de Furnas, onde ocorreu desabamento de rocha
Prevenir é sempre melhor do que remediar, seja para qualquer situação que envolva algum tipo de risco. Por isso, a Prefeitura de Penedo analisou a situação da Rocheira, ponto turístico com grande fluxo de visitantes e moradores.
O local que inspira o nome da cidade foi visitado na tarde desta quarta-feira, 12, pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Gustavo Alencar, e pelo geólogo Jean Melo, profissional da área que atua para o município.
O trabalho preventivo que visa proteger a população penedense e os turistas identificou, de imediato, que a Rocheira de Penedo não é igual ao cânion do Lago de Furnas, onde um desastre natural resultou em dez pessoas mortas e mais de 30 feridas no município de Capitólio (MG).
“É importante destacar que os substratos e as condições geológicas do município de Penedo são diferentes daquelas encontradas na região do Capitólio. Nós temos aqui rocha sedimentar, um pacote arenítico, e no Capitólio são rochas quartziticas metamórficas com diversas linhas de fraturas preferenciais verticais e horizontais”, explica Jean Melo.
O geólogo da Semarh Penedo frisa que o processo de formação da Rocheira é basicamente feito por camadas horizontais e não se espera que ocorram eventos da mesma magnitude do que se viu em Capitólio.
Porém, é preciso aprofundar o estudo sobre as condições do local devido a possibilidade da ocorrência do aceleramento de processos erosivos, inclusive por meio do lançamento de efluentes no alto da Rocheira.
“Estamos atentos e cuidando para que não só a população de Penedo, mas os turistas que visitam a cidade estejam protegidos”, afirma Gustavo Alencar.