Mestre Nô, de Porto de Pedras é reconhecido como patrimônio vivo da cultura Cultura
Mestre Nô, de Porto de Pedras é reconhecido como patrimônio vivo da cultura
O Governo de Alagoas divulgou a relação dos novos mestres da cultura eleitos como Patrimônios Vivos de Alagoas. A lista publicada no Diário Oficial desta terça-feira (17), por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), traz o mestre do folguedo Cambindas, de Porto de Pedras, José Claudionor Bento de Moura (Mestre Nô). A certificação será transmitida no canal do Youtube da Secult, no Dia do Folclore (22), a partir das 19h.
O folclore Cambindas, de Porto de Pedras, é um grupo irmão do Maracatu Pernambucano, também são brincadeira carnavalesca, as melodias e as formas musicais são muito próximas, além das Baianas como personagens mais numerosas. Mestre Nô iniciou na brincadeira com sua avó Dona Quiquina. Ela fundou o grupo de cambinda Berto da Quiquina (Berto, seu filho e pai de Nô).
A cambinda Berto da Quiquina foi liderada por mais de 60 anos por Seu Berto. No entanto, diferentemente do que ocorre na prática do estado vizinho, não há a presença de mulheres – as baianas de nossas cambindas são incorporadas apenas por homens vestidos com bata e saia rodada.
Foram 127 inscritos, sendo 120 habilitados a concorrer às vagas. Uma bancada avaliou os quesitos necessários, levando em consideração o tempo de residência no Estado de Alagoas, o período de participação em atividades culturais, a capacitação para transmitir seus conhecimentos ou suas técnicas à sociedade, a relevância do trabalho desenvolvido em prol da cultura alagoana e a idade do candidato.
Também foram reconhecidos a mestra de Religiosidade de Matriz Africana, de Maceió, Míriam Araújo Souza Melo (Mãe Míriam); a mestra de artesanato, de Marechal Deodoro, Maria Cícera Rosendo da Rocha (Dona Moça);
Responsáveis por guardar e passar adiante os conhecimentos tradicionais, o Registro do Patrimônio Vivo é uma maneira de preservar a cultura do Estado nas áreas de danças, folguedos, literatura, gastronomia, música, teatro, artesanato, dentre outras manifestações culturais.
Os novos mestres passarão a receber uma bolsa de incentivo vitalícia de um salário mínimo e meio, visando à manutenção dos grupos e o repasse dos conhecimentos. Eles irão ocupar as vagas dos falecidos Juvenal Domingos (Mestre Juvenal), Severino João da Silva (Mestre Jaçanã do Pandeiro) e Arthur Moraes dos Santos (Mestre Arthur Moraes).
Para a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas, o reconhecimento serve para garantir a esses mestres e mestras a valorização de seus esforços para manter viva a cultura popular alagoana.