Crescimento do IPCA em janeiro pressiona inflação em 2022 Administrativa
Com a intenção de orientar o gestor municipal, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) acompanha, mensalmente, o desempenho do indicador oficial de inflação do governo federal, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tem a finalidade de indicar aos Municípios o desempenho do nível de preços no Brasil. Criado em 1979, o IPCA tem como objetivo medir a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços vendidos no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos.
Os preços foram coletados de 29 de dezembro de 2021 a 28 de janeiro de 2022 e comparados aos preços vigentes entre 30 de novembro de 2021 e 28 de novembro de 2021. A inflação, mensurada pelo IPCA, cresceu 0,54% no mês de janeiro. É a maior variação para o mês de janeiro desde 2016.
De acordo com o levantamento, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 10,38%, alcançando o quinto mês com inflação oficial superior a dois dígitos. Cabe ressaltar que este valor está consideravelmente acima do que a inflação projetada como centro da meta, pelo Banco Central, de 3,5% para 2022, e mesmo do limite superior da meta, fixado em 5,0%.
Ainda de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ocorreu um crescimento em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A maior alta foi observada no grupo de “Artigos de residência” (1,82%), seguida de “Alimentação e bebidas” com (1,11%), “Vestuário” (1,07%) e “Comunicação” (1,05%). Contudo, a inflação do grupo de “Alimentação e bebida” correspondeu a 43% da inflação total calculada em janeiro (0,54%).
Por outro lado, o grupo de “Transporte” foi o único grupo que apresentou queda em relação ao último mês (0,11%), enquanto em dezembro tinha sido observado crescimento de 0,58%. Os demais grupos apresentaram resultados entre 0,25% (“Educação”) e 0,78% (“Despesas Pessoais”).
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