Após três meses de alta, serviços recuam 2,2% em Alagoas no mês de maio Economia
Em Alagoas, o setor de serviços sofreu queda de 2,2% no mês de maio, a segunda no ano. Antes, abril (0,9%), março (6%) e fevereiro (1%) apresentaram variação positiva de maneira consecutiva, em oposição à queda sofrida em janeiro (0,6%). Na comparação entre maio de 2022 e o mesmo mês no ano anterior, houve avanço de 18,6%. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (12) pelo IBGE.
O setor de serviços vem acumulando crescimentos em Alagoas desde o último trimestre de 2021. Outubro (1,9%), novembro (1,8%) e dezembro (3,8%) apresentaram alta, que foi interrompida pela leve queda em janeiro (0,6%). Nos últimos 12 meses, o volume de serviços no estado alagoano cresceu 27,3%.
No Brasil, serviços avançam 0,9% em maio
O setor de serviços avançou 0,9% na passagem de abril para maio. É o terceiro resultado positivo do setor nos últimos quatro meses, período em que acumulou ganho de 3,3%. No mês anterior, houve recuo de 0,1%. Com o resultado de maio, o setor se encontra 8,4% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2,8% abaixo do ponto mais alto da série histórica da PMS, alcançado em novembro de 2014.
Todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa acompanharam o resultado positivo. O gerente da PMS, Rodrigo Lobo, explica que esse crescimento disseminado pelas atividades se tornou mais frequente pelos efeitos da pandemia. “Antes de 2020, era bem mais raro ver as atividades crescendo de forma simultânea. Isso tem relação com a base de comparação baixa por causa dos efeitos das medidas de isolamento social, especialmente nos serviços de caráter presencial. De lá para cá, com a redução das restrições, essas atividades seguem em ritmo mais acelerado”, analisa.
O setor de transportes, com expansão de 0,9%, foi um dos que mais impactaram o avanço dos serviços em maio. Com esse crescimento, o segmento recupera uma parte da retração de 2,5% registrada em abril. No ano, os transportes acumulam expansão de 14,9%.
“Os serviços de tecnologia da informação e o transporte de cargas foram os motores que impulsionaram o resultado de maio. O transporte de cargas, especialmente o rodoviário, além de atender à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, também tem sido importante para o setor industrial, notadamente os bens de capital e os bens intermediários, que são as categorias de uso que operam acima do nível pré-pandemia”, explica Lobo. Ao crescer 1,8%, o transporte de cargas atingiu o ponto mais alto de sua série histórica, iniciada em janeiro de 2011.
Divulgada mensalmente, a PMS trabalha em todo o país com uma amostra de mais de 12 mil empresas de serviços que possuam 20 ou mais pessoas ocupadas e, além disso, a receita precisa ser proveniente principalmente da atividade de prestação de serviços. A amostra contempla empresas cuja atividade principal está compreendida nos cinco grupamentos de atividades da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0): Serviços prestados às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio; Outros serviços.