Informativo CNM: queda nos combustíveis causa menor inflação para o mês de julho Economia
A sétima edição do ano do Informativo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) da inflação traz uma avaliação completa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados do periódico foram de preços coletados entre 30 de junho e 28 de julho de 2022 e comparados aos preços vigentes entre 28 de maio de 2022 a 29 de junho de 2022.
Segundo o levantamento, a inflação, mensurada pelo IPCA, caiu 0,68% no mês de julho, e registra o menor resultado para o mês desde o início da série histórica. O IPCA acumulado em 12 meses, chegou a 10,07%. Com os dados, o mês de julho foi o 11º consecutivo com a taxa de inflação superior a dois dígitos. A CNM ressalta que o valor está consideravelmente acima do que a inflação projetada como centro da meta, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi de 3,5% para 2022.
A decomposição do IPCA aponta que a deflação se concentrou em duas das nove categorias. As reduções em Transportes (-4,51%), na esteira da aprovação da LC 192/2022 e LC 194/2022, e Habitação (-1,05%) foram responsáveis por uma inflação de (-1,17%) em julho. Por outro lado, grupos como Alimentos e Bebidas (1,3%) e Despesas Pessoais (1,13%) puxaram o IPCA em 0,38 p.p. para cima.
A elevação da taxa de inflação também pode ser observada a partir do quão generalizado foi o aumento de preços no mês. Dos 377 itens analisados no período, 237 (63%) registraram a ocorrência de inflação, uma redução em relação ao mês anterior e o menor resultado desde março de 2021. Isso significa que a inflação se concentrou em menos produtos da cesta.