Mary Wanderley
Gestores da Saúde e setores técnicos do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems) e da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) discutiram nesta segunda-feira (19) na 2ª Reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Alagoas de 2018, no auditório da Procuradoria Geral do Estado, no Prado, extensa pauta de interesse dos municípios. A contratualização dos 127 leitos novos de retaguarda do HGE foi um dos tópicos discutidos na reunião e, segundo a representante do hospital Marta Mesquita, 60% deles já estão disponibilizados e até o fim do mês os demais devem ser implantados. O representante da SMS de Maceió, Deraldo Lima, disse que a contratualização dos leitos em questão é da alçada do município de Maceió, segundo a portaria Mais Saúde aprovada na bipartite e que não cabe ao Estado decisão desta natureza.
A presidente do Cosems, Izabelle Pereira, cobrou celeridade no funcionamento dos 40% restantes dos leitos como forma de garantir o acesso da população, bem como o cumprimento na íntegra da Portaria Mais Saúde, sobretudo com relação à efetivação dos contratos e regulação, para que seja respeitada e aplicada a metodologia da implantação da portaria. “Parabenizo a iniciativa do Governo do Estado e da Sesau em contratualizar leitos de retaguarda do HGE, pois conhecemos a realidade e sabemos da importância desses leitos funcionando para que se dê acesso a centenas de alagoanos que peregrinam nos corredores em busca de amparo e atendimento humanizado”, reforçou Izabelle. O superintendente de Atenção à Saúde (Suas) da Sesau, José Medeiros agendou para esta terça-feira (20), às 10h, uma reunião entre Cosems, Sesau e Secretaria de Saúde de Maceió para o alinhamento da questão.
No tocante ao diagnóstico do glaucoma em Alagoas, a assessora técnica da Gerência de Ações Estratégicas da Sesau, Monique Cardoso, afirmou que já foram cadastrados 28.231 pacientes e dos 102 municípios somente seis não apresentaram usuários no sistema com a doença. A assessora técnica da Gerência de Ações Estratégicas da Sesau, Monique Cardoso, informou que os municípios faltosos têm até a próxima quinta-feira (22) para consolidar os dados que serão apresentados nesta sexta-feira (23) ao Ministério Público Federal e Estadual na sexta (23).
Com relação aos leitos inaugurados na Maternidade Santa Mônica, a presidente do Cosems/AL cobrou responsabilidade da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) e da Sesau uma vez que, segundo ela, somente deveriam ser inaugurados quando estivessem em pleno funcionamento. Outro item discutido foi concernente à inserção dos hospitais de pequeno porte tipo V no Programa Mais Saúde/Especialidade dos municípios de Capela, Matriz de Camaragibe, Porto Calvo, São José da Lage, Paulo Jacinto, Quebrangulo e Murici, que estão para ser homologados.
A titular do Cosems lembrou que o vazio assistencial levou a entidade a encabeçar esta luta. Outra pauta que movimentou a CIB foi a dificuldade de operacionalização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Delmiro Gouveia, apresentada pelo secretário de Saúde André Ramalho, cuja contrapartida mensal do município é de R$ 198 mil; R$ 150 mil do Estado e R$ 300 mil da União.
De acordo com ele o município acumula dívida de R$ 2 milhões e solicitou apoio do Estado para solucionar o problema. O superintendente da Suas solicitou que o secretário de Delmiro oficializasse a situação junto à Sesau. O representante da Superintendência de Planejamento da Sesau, Bruno Pimentel expôs a importância de os municípios ficarem atentos ao cumprimento dos instrumentos de Gestão e disse que 25% dos municípios ainda não têm Plano Municipal de Saúde e as consequências podem incluir o não recebimento de recursos no próximo mês.
No tocante à requalificação da Pestalozzi de Arapiraca, Izabelle Pereira salientou que a entidade passará a atender mais de 600 pessoas desde o nascimento à fase adulta. “A Pestallozi de Arapiraca não dá apenas o acesso mais qualifica e humaniza o atendimento da pessoa com deficiência. A macro II só ganha com esta nova requalificação e a ampliação dos serviços, já que nossas crianças são bem atendidas na entidade. Os profissionais trabalham em prol da melhoria da saúde do nosso Estado e vale apena referenciar e parabenizar este projeto tão exitoso em Arapiraca”, concluiu.