Perfil dos territórios trabalhados pelo Criança Feliz é apresentado aos técnicos dos Cras Arapiraca
Técnicos do Criança Feliz e dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município de Arapiraca estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (12) no anexo do 3º Centro de Saúde. O encontro teve o intuito de apresentar as fragilidades dos territórios, as quais foram detectadas pelos visitadores das famílias cadastradas no programa, para que juntos desenvolvam atividades complementares entre o Criança Feliz e os serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica.
As profissionais Lygia Milena, Siomara Félix, Marina da Conceição e Carli Barbosas, responsáveis pelos territórios 1, 2, 3 e 4, respectivamente, traçaram o perfil do público atendido, como quantas gestantes, mães adolescentes, com mais de três filhos, solteiras, entre outras especificidades e também abordaram as características que se sobressaem, afinal elas serão determinantes para se pensar quais serão as atividades complementares e seus temas.
No território 1, por exemplo, a psicopedagoga Lygia, que hoje atende um total de 163 famílias, disse que é importante trabalhos que estimulem a fala e aumentem o cuidado entre mãe e filho. Já a Siomara, baseada nas 128 famílias cadastradas no território 2, pôde detectar que as mães são um pouco receosas, julgam as visitas invasivas e visam o financeiro. A esse território, pertencem crianças autistas, com epilepsia, outras apresentam alguma deficiência física e asma.
“O dinheiro é momentâneo, o Criança Feliz oferece muito mais que isso, ele aborda o amor, a responsabilidade e ações que garantem o desenvolvimento motor, proporcionando assim um crescimento saudável físico e psicologicamente”, disse Siomara Félix.
A responsável pelo território 3, Marina, comentou que na maioria das famílias atendidas, são 82 no total, o companheiro intimida, atrapalhando um pouco o que o Criança Feliz tem para oferecer. Ela também comentou sobre o número de internações das crianças, que são recorrentes. No território 4, Carlli Barbosa falou do alto índice de depressão pós-parto, visto que muitas mães não sabem o que fazer com as crianças ao nasceres e outras vivem praticamente em cárcere privado.
Após as apresentações, Creas e Criança Feliz começaram a discutir as ações complementares que serão trabalhadas, mas de antemão se faz necessário esclarecer que elas abordarão: cuidados pessoais, interação, vínculo, alimentação e nutrição; leitura interativa; prevenção de acidentes domésticos e ambiente seguro/documentação e cidadania; prevenção à violência contra a criança; e acesso a serviços e direitos.
“Serão atividades didáticas em formato de oficinas, teatro de fantoche, cinema, contação de histórias, atividades artísticas e culturais, biblioteca ambulante, pintura, etc, que criem um vínculo comunitário e entre o cuidador, de preferência a mãe, e a criança”, explicou a assessora técnica do Criança Feliz, professora e especialista no Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI), Gineide Castro.
Texto: Laís Pita;
Foto: Genival Silva;
ASCOM MARECHAL