Cidades suspendem feiras livres temporariamente coronavirus
Preocupados com a saúde da população diante do avanço do Covid-19, vários prefeitos estão endurecendo os decretos municipais que regulam a realização de feiras livres. Desde o início da pandemia, a Associação dos Municípios de Alagoas (AMA) emitiu nota técnica recomendando uma série de cuidados, baseada no decreto governamental. Agora , os municípios de Major Izidoro, São Sebastião , Ouro Branco, Lagoa da Canoa, Canapi, Água Branca, Roteiro, Olho d’Água Grande, Feira Grande, São Brás, Craíbas, Cacimbinhas, Coité do Nóia, Inhapi, Minador do Negrão, Maravilha, Mata Grande, Tanque D’Arca, Dois Riachos, Igreja Nova, Pariconha,São José da Tapera, Monteirópolis, Carneiros, Olho D’Água das Flores e Estrela de Alagoas , Jacaré dos Homens e Jequiá da Praia suspenderam temporariamente.
Em São luis do Quitunde, Boca da Mata, Atalaia, Limoeiro de Anadia, Porto Calvo e São José da Lage feirantes de outros Estados e municípios vizinhos estão proibidos de participar da feira. Em Senador Rui Palmeira, apenas feirantes da agricultura familiar da cidade estão com permissão.
Os gestores reconhecem o momento difícil na economia e a queda na arrecadação, sabem a importância que elas têm para movimentar o comércio local e abastecer a população. Desde o início atenderam as recomendações voltadas para higiene e distanciamento, mas, mesmo assim, muitos insistem em desrespeitar as normas, exigindo regras mais rígidas.
No primeiro momento, quando os casos ainda não tinham avançado tanto para o interior, a AMA recomendou aos gestores manter 2 metros de distância mínima entre barracas; permitir somente vendas de alimentos de primeira necessidade, como cereais, carnes aves, peixes, frutas e verduras; evitar feirantes oriundos de outros municípios; manter controle de acesso aos mercados e feiras com equipe da vigilância sanitária, além de manter atenção especial às medidas de higiene.
Nas cidades, prefeitas e prefeitos instalaram locais para higienização das mãos, distribuindo sabão, álcool gel e máscaras entre feirantes e população. “A grande dificuldade tem sido conscientizar a população da necessidade e da importância do isolamento social. Mas, os gestores estão enfrentando e mostrando boas práticas”, afirmou a presidente da AMA, Pauline Pereira.
“É uma situação muito preocupante”, atestou o médico infectologista Fernando Maia. “A gente tem visto que as pessoas nas feiras livres não estão respeitando o isolamento; nem usam máscaras e ainda se aglomeram”, descreveu o profissional, preocupado com o atual estágio da doença em Alagoas. “Estamos no período de maior transmissão da doença, então, agora, mais do que nunca, é importante manter o isolamento. Os casos estão aumentando muito e as pessoas infelizmente não estão respeitando (as normas)”, alertou o infectologista.
A AMA já lançou uma série de recomendações, todas baseadas no decreto para auxiliar as gestões, como: auxílio na organização das filas nas agências bancárias e lotéricas, a orientação de contratação de empresas de ensino à distância e a regulamentação de feiras e enterros. Até hoje, já foram mais de 45 publicações para orientar sobre prevenção, cuidados e ações”, finalizou Pauline Pereira.
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