AMA traz especialistas em implantação de prontuário eletrônico na saúde Municípios
Apoiado pelos municípios, mas ainda com muitos problemas na implantação, o prontuário eletrônico será discutido por especialistas na reunião da AMA desta segunda-feira (dia 17). Vão participar, ao lado de prefeitos, secretários municipais de Saúde, a presidente do Cosems, Normanda Santiago, a técnica em Saúde da Confederação Nacional dos Municípios, Amanda Borges e o técnico da Gerência de Atenção Primária da SESAU-AL, Marcus Almeida e representando o Ministério da Saúde, Mara Lucia Costa, coordenadora adjunta da Coordenação Geral de Acompanhamento e avaliação (CGAA), área responsável pela gestão do e-sus. Um especialista em gestão pública da saúde e informatização, Thiago Uchoa vai mostrar como superar o desafio da implantação do PEC (E- SUS) e casos de sucesso.
O presidente da AMA, Hugo Wanderley reconhece a necessidade desse debate porque os municípios estão recebendo cada vez mais responsabilidades. Ele reconhece a importância do sistema para a eficiência dos processos de gestão por isso está trazendo o assunto para a pauta da AMA.
Com a plataforma digital as secretarias municipais podem acompanhar o histórico, os dados e resultado de exames dos pacientes, verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as visitas de agentes de saúde, oferecendo ganho na qualidade e na gestão da Atenção Básica para o gestor, para os profissionais de saúde e para o cidadão.
Para implantar o PEC, basta a UBS ter um computador conectado à internet para baixar o sistema. O sistema consegue ‘conversar’ com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), portanto pode ser utilizado em locais com sistema híbrido. Os municípios que já utilizam PEP próprio não precisarão migrar para o sistema feito pelo SUS.
Das 41.688 UBSs em funcionamento em 5.506 municípios do País, somente 10.134 têm o prontuário eletrônico do cidadão, sendo que 2.902 utilizam versões oferecidas gratuitamente pelo Ministério da Saúde e 7.232, softwares próprios e privados. Em todo o Brasil 1.920 municípios utilizam o sistema em suas UBSs, segundo o Ministério da Saúde.
O que o Ministério da Saúde chama de prontuário eletrônico é diferente do conceito real da ferramenta, já que o PEC corresponde a apenas o lançamento de dados dos atendimentos, diz Thiago Uchôa, especialista que vai falar desse novo desafio para os municípios.
O PEP se faz por um conjunto de ações clínicas e gerenciais. Tudo o que os profissionais de Saúde podem agregar ao prontuário de papel, podem fazer na versão eletrônica. “Na ferramenta do Ministério da Saúde, o médico não vai conseguir registrar as queixas do paciente, prescrever remédios, exames e procedimentos. O PEC deles é uma ferramenta de envio eletrônico de todas as fichas do e-SUS. É somente a consolidação do envio obrigatório dos dados”, afirma Uchôa.