Audiência Pública mostra evolução da Saúde de Igreja Nova Igreja Nova
Projeto “Saúde na Comunidade”, é reconhecido por todos os Vereadores e demais presentes como grande avanço na saúde do Município, tendo em vista os serviços de saúde, incluindo laboratoriais e consultas com especialistas, serem levados às comunidades rurais, conseguindo atender todos os 43 povoados.
A secretária de saúde de Igreja Nova, Mônica Dantas, e sua equipe técnica participaram, nesta terça-feira (18), de audiência pública de prestação de contas promovida pela Câmara Municipal, com o objetivo de dar publicidade ao trabalho desenvolvido de janeiro de 2017 até os resultados alcançados em 2018, em um comparativo com 2016. A audiência contou com a presença da prefeita Vera Dantas, do vice Manoel Mateus, do ex-secretário de saúde e médico do município, Eduardo Arruda, do ex-prefeito, Neiwton Silva, e da população. O momento também foi uma oportunidade para os vereadores reforçarem os pedidos em prol das comunidades que representam.
“Hoje é um dia produtivo para a saúde de Igreja Nova, onde vamos mostrar o que fizemos o que construímos, e alcançamos no decorrer destes dois anos de mandato, com atenção especial para 2017. Não preciso nem dizer como estava a saúde do município quando a prefeita Vera assumiu e como está agora. Infelizmente não podemos atender a todos no tempo que gostaríamos e que todos querem”, declarou Mônica Dantas ao abrir a audiência pública. A secretária falou da dificuldade de manter as unidades de saúde da família em funcionamento com os repasses do Governo Federal. “Recebemos quatro mil por PSF, quando o gasto mensal é de aproximadamente 26 mil. Para a média complexidade (emergência 24 horas, ortopedia, ultrassonografia…) recebemos 56 mil/mês e o gasto é de 110 mil”. Ainda destacou a importância do Projeto Saúde na Comunidade, onde os serviços de saúde, incluindo laboratoriais e consultas com especialistas, são levados às comunidades rurais do município, conseguindo atender os 43 povoados por meio dos mutirões.
A população de Igreja Nova é predominante rural e 99,7% destas pessoas dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, como informou George Leite, técnico da Secretária de Saúde. George apresentou dados da evolução da saúde no município e explicou a causa de algumas deficiências, como o problema dos recursos destinados a referência, que no caso de Igreja Nova é Penedo, mas que não são prestados pelo município vizinho. “A secretária Mônica e a prefeita Vera estão tentando puxar os recursos da referência para o município para que os serviços possam ser ofertados aqui”, explicou. De acordo com o técnico, o principal indicador de saúde é a mortalidade infantil e Igreja Nova teve uma redução de 80%, saindo de oito óbitos em 2016 para um em 2017, um salto substancial que se agregam a outras conquistas como o segundo lugar no estado, em evolução, no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (Pmaq). “Uma atenção básica de qualidade evita que o indivíduo adoeça futuramente”, conclui George.
A técnica Noelia Nunes Costa informou o volume e o emprego dos recursos repassados pelo Governo Federal, pelo Estado e as emendas parlamentares que possibilitaram a compra de duas ambulâncias, aquisição de equipamentos para as unidades de saúde e investimentos em reformas. A Prefeitura cumpre o que determina a emenda constitucional 29 que diz que 15% do repasse líquido dos recursos arrecadados devem ser destinados à saúde. “Igreja Nova repassou 15,82% da receita líquida para custeio da saúde”.
Após as apresentações dos dados, vereadores e representantes das comunidades aproveitaram o momento para esclarecer dúvidas, fazer reivindicações e parabenizar. Questionada pelo vereador Dalmo Lino sobre a entrega dos postos de saúde que estão em reforma e adequação, a secretária de saúde informou que a previsão de conclusão dos postos da Serraria, Olho D’água do Taboado e São José é fevereiro de 2019, e lembrou que a comunidade do Conceição foi contemplada com um posto de atendimento que está em funcionamento desde setembro. A adesão ao Consórcio Intermunicipal do Sul do Estado de Alagoas (Conisul) foi vista de forma positiva pelo vereador Alando Lima, que sugeriu alterações na política de marcação de exames, pauta de outros legisladores como Genaldo Borges e Manoel Messias. O vereador perguntou ainda sobre a situação dos médicos após a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos. “Sete médicos brasileiros foram habilitados, cinco já estão trabalhando e outros dois desistiram, mas o Programa já indicou outros dois e enquanto isso a população não fica desassistida, os usuários estão sendo atendidos na Emergência 24 horas”, respondeu a coordenadora da Atenção Básica, Deise Almeida.
Na oportunidade, a secretária de saúde falou da realização de um processo seletivo simplificado (PSS) para contratação de profissionais e a formação de uma equipe multidisciplinar para atender pacientes acamados. Perguntada pelo vereador Damião Lázaro sobre a possibilidade de uma ambulância na região ribeirinha, Mônica disse que das três novas ambulâncias que serão adquiridas, uma deve atender os povoados Jenipapo, Perucaba e região; outra ficará com as comunidades do Chinaré, Lagoa Grande, Ipiranga e povoados circunvizinhos; a terceira ainda será definida em conjunto com a prefeita e os vereadores. “Todos os PSF’s precisam e nosso sonho é ter uma ambulância em cada um, vamos continuar batalhando para isso”, disse.
Um representante da comunidade de Lagoa Grande, Aluísio, parabenizou a equipe da secretaria de saúde e a secretária pelo atendimento e presteza em resolver um problema de saúde de sua esposa. O reconhecimento de que a saúde está no caminho certo, foi quase um consenso entre os representantes do legislativo. O vereador Genaldo Borges foi o único que não se mostrou satisfeito com os dados apresentados. Em certo momento, sua fala foi considerada ofensiva e grosseira por parte da secretária de saúde e do ex-secretário Eduardo Arruda, quando o vereador disse que “estavam brincando de fazer saúde”.
O presidente da casa, Cidário dos Santos, trouxe questionamentos de servidores da saúde com relação ao pagamento do Pmaq, que de acordo com Mônica, a primeira parcela já foi paga e a próxima deve sair em janeiro, mas está atrelado a produção, só recebe quem atinge as metas. O vereador falou sobre uma gratificação para os profissionais que trabalham nos finais de semana e fora do horário de expediente.
Nas considerações finais, o ex-secretário de saúde lembrou que mais um ano, apesar das dificuldades, Igreja Nova encerra as atividades sem precisar suspender serviços ou cortar recursos, graças ao olhar sensível e carregado de esperança da prefeita Vera Dantas e da secretária Mônica Dantas. Agradeceu a parceria com o deputado Arthur Lira, grande responsável pelos investimentos feitos na saúde e que permitiu o pagamento dos salários em dia. “A Secretaria de Saúde é casa de todos, tá de portas abertas para receber todos, e como qualquer casa tem dias melhores e piores”, concluiu.
SECOM DE IGREJA NOVA/AL