Desafios do financiamento do SUS lotam auditório no Congresso de Secretários Municipais de Saúde Municípios
Fotos: Ruana Gabriele
O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) Mauro Junqueira presidiu a discussão que contou com a participação de outros parlamentares. A senadora e médica Renilde Bulhões reafirmou o compromisso em – junto à Comissão de Seguridade Social e Família – se manter comprometida com a saúde pública do Estado e do país.
Na ocasião, ela ressaltou o trabalho da secretária de saúde de Santana do Ipanema Normanda Santiago, município em que a senadora foi prefeita que, segundo ela, tem sido uma defensora do SUS. “Ela foi minha secretária há 15 anos e é uma satisfação vê-la ainda defendendo a causa da saúde pública”.
A senadora reforçou que os municípios precisam de recursos financeiros para oferecer a Atenção Básica digna para a população. Ela contou que quando prefeita sofreu o peso do financiamento escasso da saúde de anos e, portanto, vem apostando nos consórcios municipais de saúde como solução.
“Quando prefeita conheci no Paraná um modelo de consórcio, mas não conseguimos implantar em Santana porque não tivemos o apoio dos colegas prefeitos”, frisou a senadora, acrescentando que espera a ajuda de deputados federais para consolidação deste projeto, a exemplo de Isnaldinho Bulhões que, de acordo com ela, não medirá esforços para junto aos gestores lutar pela saúde do país e munícipes.
A deputada federal Tereza Nelma reconheceu o apoio da senadora Renilde no tocante à preocupação com a melhoria da saúde pública e destacou a trajetória da médica e nutricionista, Sylvana Medeiros, atualmente secretária executiva do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems) que, segundo ela, é umas das responsáveis pelo avanço do SUS em Alagoas, já que tem sido defensora incansável do SUS.
O deputado federal Luiz Antônio Teixeira (Luizinho) – que já foi secretário de Saúde do Rio de Janeiro – destacou o problema recorrente da judicialização contra o gestor de saúde municipal – reforçando que qualquer ordem judicial surge porque um determinado médico prescreveu a receita, internação e exames da mais alta complexidade e vai à porta do gestor municipal porque não há um pacto que hierarquize os procedimentos e coloque a responsabilidade na tripartite.
“Temos o melhor sistema de saúde do mundo, mas infelizmente é o único público do mundo que não tem hierarquia de procedimentos. O paciente sai da unidade de saúde e vai direto para Defensoria Pública ajuizar contra o gestor municipal. Precisamos repensar nosso pacto federativo e organizar as Regiões de Saúde para fortalecer os municípios e não para enfraquecer os secretários e prefeitos. Nunca fui poder legislativo e sou ortopedista, portanto contem conosco pois temos a comissão mais proativa da Câmara Federal e não há outra tão unida e aguerrida como a nossa”, concluiu.
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ASCOM COSEMS