Em ponto alto da mobilização, prefeitos protestam nos gramados do Congresso Nacional Municípios
“Não tem jeito, tem que ajudar os prefeitos”. Esta foi a palavra de ordem que acompanhou os cerca de mil prefeitos que deixaram as salas do Senado Federal para se concentrarem e manifestarem suas demandas de frente ao Congresso Nacional, nos gramados da Praça das Bandeiras. A manifestação, que ocorre na manhã desta quarta-feira, 22 de novembro, faz parte da Mobilização Municipalista em Brasília, capitaneado pela Confederação Nacional de Municípios.
A mobilização compõe a campanha Não Deixem Os Municípios Afundarem, e para ilustrar a realidade municipal, o movimento municipalista alocou um barco inflável no mesmo gramado. E os prefeitos fincam no mesmo chão um barco de papel, em ato simbólico à grave crise que enfrentam, que deixa as finanças municipais prestes a naufragarem.
Os prefeitos alagoanos que participam do evento estão empenhados na luta porque entendem que os municípios precisam sair do papel de coadjuvantes no processo de desenvolvimento do pais. As pautas são justas e necessárias e os municípios precisam ser reconhecidos e valorizados pelo importante papel que executam nesse país, afirmam de forma conjunta.
“A nossa situação está representada naquele barco. Não podemos deixar os municípios afundarem”, disse Ziulkoski, do alto do carro de som, ao lembrar os gestores dos motivos para a grande mobilização em Brasília.
Em seguida, falou aos prefeitos para que se mantenham unidos para mostrar às autoridades a crítica situação dos Municípios. “Se tem uma crise no Brasil, ela não foi feita pelos Municípios”, frisou o líder do movimento.
Ele ainda reivindicou um tratamento igualitário entre os Entes da Federação. “Que Federação é essa que trata o governo do Estado diferente daquele que está lá na ponta?”, indagou ele.
Diversos parlamentares municipalistas compareceram à manifestação e fizeram uso da palavra, quando se comprometeram com a pauta do movimento e confirmaram o as ações em prol da derrubada do veto ao Encontro de Contas. “É assim que vocês fazem as coisas acontecerem. Nós temos um acordo para a derrubada do veto hoje”, contou o senador Wilder Morais (PP-GO).
“A crise coloca como um momento decisório o pacto federativo”, discursou o deputado Bebeto (PSB-BA).
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