Jornal Nacional destaca municípios alagoanos como exemplo no destino correto do lixo Municípios
O Jornal Nacional exibiu reportagens sobre um problema enorme: os lixões.
O Brasil ainda convive com quase 3 mil lixões. E cinco anos depois do prazo para o país acabar com os locais, os municípios alagoanos dão exemplo ao pais. Em 2018, Alagoas se tornou o primeiro estado do Nordeste a erradicar os lixões. Os 102 municípios agora usam aterros sanitários e centrais de tratamento de resíduos. Um trabalho feito pela Associação dos Municípios Alagoanos em parceria com o Ministério Público Estadual, conseguiu mudar a realidade nas cidades sem ajuizamento de ações.
O Mato Grosso do Sul implantou uma experiência parecida, com o Tribunal de Contas e o Ministério Público pressionando as prefeituras. Em dois anos, o estado reduziu pela metade o número de municípios que mandam resíduos para lixões.
Só 3% dos resíduos produzidos no país são reciclados. Isso significa sobrecarregar lixões e aterros, além de jogar fora pelo menos R$ 10 bilhões por ano em materiais que poderiam ganhar outra função.
A cidade de São Paulo é a que mais gera resíduos. São 20 mil toneladas por dia. Cerca de metade é de material orgânico como frutas, legumes e verduras. Um programa de compostagem no Centro e também nos bairros está dando um novo destino a essas sobras, que iam parar nos aterros.
Iniciativas para dar destinação correta e aproveitar os resíduos se multiplicam. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, o chorume produzido pelo aterro agora passa por um sistema de tratamento, que separa o sólido do líquido e devolve água limpa à natureza.
Anne Germain, da Associação Americana de Resíduos, diz que o Brasil é hoje o que os Estados Unidos eram nos anos 1980, quando os americanos conviviam com mais de 10 mil lixões e hoje não têm nenhum. Lá, o governo determinou a substituição por aterros sanitários. Municípios menores fizeram consórcios e passaram a cobrar uma taxa para dar destinação correta ao lixo.