Live da AMA discute políticas públicas da saúde da mulher no mês do outubro rosa Municípios
Ações multidisciplinares fazem diferença na saúde da mulher
Uma conversa entre a jornalista Zélia Cavalcanti, gerente de Comunicação da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) com a assessora técnica de Saúde da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Carla Albert encerrou as atividades da Associação dentro do Outubro Rosa, quando o mundo reforça a importância do autoexame e do autocuidado na prevenção ao câncer de mama.
A live discutiu o papel dos municípios na busca pela eficiência da gestão nos diversos programas, especificamente na saúde da mulher. O mês da cor rosa volta os olhares para alertar sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama e câncer do colo de útero. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, em 2018, morreram 17.572 mulheres por causa do câncer de mama, no Brasil. A estimativa do órgão é que só em Alagoas tenha cerca de 620 casos neste ano. A média do estado é de 35,20 casos para cada 100 mil habitantes.
Para o Brasil, estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres.
A assessora técnica de Saúde na Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e professora na Especialização de Saúde Pública na Escola de Saúde Pública da SES/RS, Carla Albert, destacou a importância da atuação dos atores dos programas saúde da família – médicos, enfermeiros, auxiliares, assistentes sociais, psicólogos – e das unidades básicas municipais, como fundamentais no diagnóstico precoce. Para ela, a integração entre a sociedade civil organizada, a extensão universitárias e o município pode contribuir para melhorar e aumentar o atendimento.
Também destacou a necessidade das ações não seguirem um modelo único. “Cada localidade tem suas características e é importante que a comunicação que se faça chegue com clareza”. Para os novos gestores, e atuais que podem ser reeleitos, Carla pontuou que as ações a serem executadas precisam estar especificadas no plano municipal de saúde. Ao reconhecer as deficiências que existem no país para a realização de exames de média e alta complexidade , como a mamografia, Carla Albert sugeriu aos gestores a integração através de consórcios ,se não quiserem depender da União ou do Estado.
Ao responder aos questionamentos dos internautas, a técnica alertou as mulheres que procurem ajude, conversem, não tenham medo, insegurança ou preconceito para o auto exame. Lembrou que a pandemia foi – e ainda continua a ser – um fator limitador para atendimentos, bem como indutor para baixa da saúde psicossocial. “Esse é o momento que a mulher mais precisa de ajuda, até porque ela é a guardiã da família e precisa estar bem para continuar a ser protagonista”.