Municípios planejam ações conjuntas para enfrentar o inverno

Uma notícia tranquilizou os coordenadores de defesa civil dos municípios reunidos na AMA : as chuvas intensas e contínuas que atingiram Alagoas no outono e inverno do ano passado não devem se repetir em 2018. A previsão foi apresentada pelo  meteorologista Vinícius Pinho, coordenador da Sala de Alerta da Secretaria de Meio Ambiente de Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).

Mesmo assim, os municípios estão se preparando para evitar possíveis problemas como alagamentos e transbordo nos rios e lagoas. O prefeito de Marechal Deodoro, Claudio Roberto Ayres da Costa, Cacau, que presidiu a reunião disse que o momento é de prevenção. “E é isto que estamos fazendo , mesmo que as informações não nos mostrem um quadro preocupante. Os gestores sabem de suas responsabilidades e estão unidos , dando um passo a frente para evitar tragédias, enfatizou”.

Um ano após a enchente, o prefeito diz que todas as exigências federais foram cumpridas e até agora as cidades não receberam recursos federais e estão recuperando escolas e áreas danificadas a duras penas. “Os prazos são curtos para o preenchimento do FIDE, que é o relatório de desastre, mas a velocidade não é a mesma para a contrapartida”, disse Cacau.

A AMA está atenta e tem capacitado os coordenadores de forma contínua, não apenas para o evento chuva, mas também para os problemas provocados pela seca, disse a técnica Margarete Bulhões.

A previsão é para a quadra chuvosa, que começou no dia 15 de abril vá até 15 de agosto. Segundo Pinho, foram registrados dois eventos mais severos relacionados às chuvas no mês de abril e outros podem ocorrer até o fim da quadra, mas nada grave.

As cidades que mais preocupam a Defesa Civil e devem ficar sob atenção nessa época são a Zona da Mata, o Litoral, Região Metropolitana, onde há muitas áreas de encosta, Região Norte e Vale do Jacuípe.

Para a Defesa Civil Estadual é importante que as comissões municipais estejam sempre prontas para enfrentar os desafios e, um deles, é conhecer e saber lidar com a legislação vigente. “Sabemos que além do socorro imediato os municípios precisam estar preparados para saber lidar com as exigências federais”, disse o Tenente Douglas que apresentou o regramento contido na Instrução Normativa nº 02, de 20 de dezembro de 2016, do Ministério da Integração , que estabelece procedimentos e critérios para a decretação de situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública pelos Municípios,Estados, Distrito Federal, e para o reconhecimento federal das situações de anormalidade decretadas pelos entes federativos .

Os coordenadores municipais também foram mais uma vez orientados sobre a plataforma S2ID, que trata do Sistema Integrado de Informações de Desastres, uma ferramenta virtual para a inserção dos dados no sistema nacional.