Prefeitos recebem agentes de saúde Municípios
Dando continuidade ao diálogo que já existe com várias categorias de trabalhadores,o presidente da AMA, Hugo Wanderley, acompanhado dos prefeitos de Capela, Pão de Açúcar,Monteirópolis, Limoeiro de Anadia, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira se reuniram com uma comissão de Agentes de Saúde que fizeram um movimento pacífico em frente a sede da Instituição.
Os Agentes querem apoio para aprovação da MP 827 que altera a lei 11.350, quanto aos direitos dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias. A MP define a obrigatoriedade de cursos de aperfeiçoamento a cada dois anos, jornada de trabalho de 40 horas semanais e recebimento de piso salarial.
Para Wanderley os agentes são imprescindíveis nas cidades e destacou que a AMA já posicionou contrária a uma possível mudança na lei acabando com a exigência desses profissionais.
Os prefeitos entendem como justo o pagamento de um piso e das diferenças existentes porém alertou que o movimento precisa ir além da questão salarial e defender, ao lado dos gestores, uma nova política de saúde pública para o país, onde a atenção básica e o SUS não sejam subfinanciados , como acontece hoje. O presidente da AMA citou o exemplo do PSF que, criado há 25 anos, nunca teve aumento no repasse que é de R$10 mil reais quando, na verdade, custa para o município em torno de R$ 30 mil reais.
O prefeito de Pão de Açúcar, Flávio Almeida acrescentou os encargos incidentes que praticamente duplicam a folha. Além do comprometimento com o teto da LRF, lembrado por Adelmo Calheiros, prefeito de Capela. É uma situação que vai além da simples aprovação de novos valores para o piso, e sim, da necessidade, urgente do governo federal corrigir o subfinanciamento dos programas. Os prefeitos José Antônio, de São José da Tapera,Jeane Moura de Senador Rui Palmeira, Mailson Mendonça de Monteirópolis e Marcelo Rodrigues de Limoeiro garantiram que , ao lado dos demais prefeitos e prefeitas, vão cumprir mais essa obrigação , o que elevar os custos da saúde nas cidades. Constitucionalmente, os municípios são obrigados a utilizar 15% do orçamento na saúde, mas o percentual está muito abaixo do que é praticado em Alagoas, cujos prefeitos fazem complementações mensais entre 10 e 15%.
Prefeitos e Agentes de Saúde e Endemias vão voltar a se runir com prefeitos para definir, junto a CUT, uma pauta única de reivindicações, em defesa da saúde .