Secretária de Porto de Pedras defende trabalho de prefeitos em comissão de turismo do Senado Municípios
Secretária de turismo de Porto de Pedras, representa o prefeito Henrique Vilela e apresenta selo Bandeira Azul
Na abertura da audiência, Collor definiu os dois anos da crise da covid-19 como os mais desafiadores para a história do turismo, quando o produto interno bruto (PIB) global do setor caiu pela metade e foram fechados 65 milhões de postos de trabalho ligados à atividade turística em todo o mundo. No entanto, para ele, o Brasil pode esperar dias melhores.
— O cenário atual nos autoriza a termos otimismo, mas com certa cautela. O avanço da vacinação em nosso país tem permitido uma queda drástica nos números de infecção e mortalidade. Aos poucos a vida vai retornando à normalidade, e o setor turístico tem se adaptado com rapidez às exigências do tempo pós-pandemia — disse.
Representando o prefeito Henrique Vilela, a secretária de Turismo de Porto de Pedras, Zélia Cavalcanti, onde se situa a Praia do Patacho, única do estado a receber o selo Bandeira Azul, prêmio internacional concedido a praias — mencionou os cancelamentos de eventos públicos de réveillon em vários municípios como uma medida prioritária para se preservar a população num momento difícil. Ela também atribuiu o aquecimento no turismo ao cumprimento de protocolos sanitários pelas autoridades municipais em conjunto com o setor privado e a comunidade.
— Essa interlocução de todos os atores nessa esfera é fundamental neste momento. Ninguém é forte sozinho; ninguém pode promover retomada do turismo de forma isolada — concluiu.
A secretária também falou do cumprimento dos protocolos sanitários dos agentes públicos e privados. A cidade da qual é secretária, foi a segunda em Alagoas a obter o também internacional Safe Travel, que em português pode ser traduzido como viagens seguras, criado pela ONG inglesa WTTC (World Travel & Tourism Council) para reconhecer boas práticas para prevenção do coronavírus. Para receber o selo a cidade cumpriu todas as normas e regras estabelecidas pelo protocolo elaborado seguindo as recomendações da organização Mundial de Saúde.
Cavalcanti também parabenizou o presidente da Comissão, senador Fernando Collor pelos debates ao longo de todo o ano e, de forma particular, as emendas destinadas ao município que farão a diferença na urbanização da praia do Patacho.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, declarou esperar que em até 100 dias a malha viária no Brasil seja restaurada a 100% do nível pré-covid: entretanto, a restauração dos voos internacionais será mais lenta enquanto persistirem as restrições sanitárias impostas por outros países. Para a recuperação do movimento turístico, ele considera fundamental investir na singularidade e na diversidade da produção cultural do país.
— Entendemos que vamos atravessar. A aviação vai cumprir o seu papel de, com os outros setores, reconstituir o turismo como uma das atividades econômicas de maior relevância neste país — avaliou.
Sanovitz também chamou atenção para a disparada dos custos das empresas aéreas — somente o querosene de aviação subiu 91,7% em um ano —, situação agravada pela dolarização do combustível e do leasing.
Questionado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) sobre os aumentos de preços de passagens aéreas apesar da queda de demanda durante a pandemia, o presidente da Abear explicou que não pode responder pelas políticas de cada empresa, mas cobrou um debate aprofundado sobre a política nacional de preços de combustíveis.
— A [política de preços de combustível] que nós queremos, como setor, é uma que nos garanta a competitividade interna e externa, voando a mais lugares atendendo a mais gente — definiu.
Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), disse que 80% das vagas de hospedagem ficaram fechadas durante o auge da pandemia, mas agora o setor “volta a respirar”. Ele espera uma retomada muito forte, e tranquilizou os hóspedes.
— A hotelaria está preparada para receber todos os nossos visitantes dando todas as garantias. Preparamos todos os nossos profissionais para bem receber — afirmou.
Vice-presidente financeiro da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Edmilson Romão considera que 2022 será marcado pela volta à confiança em viajar.
— Nem mesmo a notícia de uma nova variante [de covid-19] fez com que houvesse cancelamento das reservas — observou.
Romão atribuiu a retomada ao esforço de todos os componentes do setor para a execução de regras sanitárias. Ele disse esperar que as festas de réveillon sejam as mais movimentadas dos últimos anos.
Fonte: Agência Senado