Lançado o Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus na atenção básica Municípios
Lançado o Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus na atenção básica
Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária à Saúde foi lançado pelo Ministério da Saúde (MS), na última sexta-feira, 20 de março. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) chama a atenção para o normativo sobre abordagem clínica da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), como forma de evitar e controlar a transmissão do novo coronavírus no Brasil, independentemente do agente etiológico.
Uma vez que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), a área de Saúde da CNM reforça a orientação de tratar todos os casos suspeitos, chegados às Unidades Básicas de Saúde (UBS), de acordo com o Protocolo Clínico. Por ter esse papel fundamental de resposta global ao cenário de surtos, epidemias e pandemia, os primeiros procedimentos e as demais ações da APS devem ser fortalecidos e intensificados.
O caso da emergência internacional em saúde pública pelo novo coronavírus declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, reforça como a atenção básica pode identificar precocemente casos graves. Ao recebê-los, manejar aos serviços especializados e coordenar o cuidado em todos os níveis básicos. Contudo, a CNM destaca a imprescindível definição do passo a passo; das responsabilidades; e das ferramentas de orientações clínicas para profissionais atuantes na porta de entrada do SUS.
O protocolo traz o curso clínico, manejo clínico na APS, com medidas para evitar contágio, como o manejo terapêutico, o isolamento domiciliar, o monitoramento, entre outras estratégias. Também traz, como uma das estratégias, o Fast-Track que é o método derivado de protocolos de triagem em emergências, como o protocolo de Manchester. Ferramenta de fluxo rápido de triagem e atendimento de casos de coronavírus. Integrado e regido pelo fluxograma do Fast-Track, o trabalho deve ser incorporado nas UBS.
Medidas
O fluxograma deve ser sequencial e prioritário dentro da unidade. O paciente deve, preferencialmente, ser manejado sem aguardar ou circular desnecessariamente por outros ambientes da unidade de saúde. Pode-se optar idealmente por utilizar uma sala na qual o paciente fica aguardando pelo profissional responsável por atendê-lo, conforme escala definida em serviço. Tais medidas objetivam organizar o serviço e determinar espaços estratégicos para o atendimento da pessoa suspeita de infecção.
O manejo diagnóstico e terapêutico de pessoas com suspeita de infecção respiratória caracterizada como Síndrome Gripal, causada ou não por Covid-19, no contexto da atenção primária à saúde (eAP/eSF), inclui os seguintes passos:
1) identificação de casos suspeito de Síndrome Gripal e de Covid-19;
2) medidas para evitar contágio na UBS;
3) estratificação da gravidade da Síndrome Gripal;
4) casos leves: manejo terapêutico e isolamento domiciliar;
5) casos graves: estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/emergência ou hospitalares;
6) notificação imediata;
7) monitoramento clínico; e
8) medidas de prevenção comunitária e apoio à vigilância ativa.
É necessário ainda reforçar que todos os profissionais atuantes na unidade de saúde tenham acesso e recebam treinamento sobre o protocolo mencionado. A CNM recomenda aos gestores municipais que se reúnam com toda equipe para treinamento e adequação ao novo protocolo e, em seguida, promovam a divulgação do mesmo nos espaços onde a comunidade também tenha o acesso. Confira o fluxograma ideal aqui e informações sobre a pandemina no www.cnm.org.br/coronavirus.
Da Agência de Notícias CNM
Foto: Unsplash