Covid-19: empresários do Agreste adaptam negócios para superar efeitos da crise Municípios
Por Robson Muller – Savannah Comunicação Corporativa
Foto: arquivo pessoal
Com a rápida disseminação do novo coronavírus e consequente adoção de medidas preventivas pelo Poder Público, para que seja evitado o colapso dos sistemas de saúde, empresários de todo o país passam a enfrentar uma série de desafios, buscando adaptações que possam ajudá-los a amenizar os efeitos da crise econômica ocasionada pela pandemia e garantir a sobrevivência dos negócios.
No agreste alagoano, a situação não tem sido diferente. Segundo o gerente da Regional Arapicaca do Sebrae em Alagoas, Arestides Bezerra, entre os principais impactos da crise econômica na região estão a falta de clientes para movimentar a economia local, a insegurança por medo da Covid-19, a instabilidade emocional comprometida para pensar em novas estratégias de venda e a ausência de capital de giro para o pagamento de dívidas. “A maioria das empresas não tinha uma gestão adequada e isso foi agravado com a crise, tendo que fechar as portas por não ter estratégias claras e definidas de como atuar durante esse momento atual”, disse o gerente.
Diante do cenário de dificuldades, Arestides Bezerra salienta que as o uso das mídias digitais pode ser uma boa estratégia para a geração de novos negócios. “Isso poderá ser uma saída até as coisas voltarem ao normal. A tecnologia é uma tendência. Então, eu diria que essa é a hora de aderir e não retroagir mais. É um caminho sem volta”, defende.
“Eles podem também pensar em novas estratégias de venda. Um exemplo disso são as vendas promocionais antecipadas, tipo voucher, quando a empresa apresenta um valor abaixo da tabela para que o cliente possa comprar um voucher hoje e utilizá-lo com o desconto, após a normalização do negócio. Além disso, o empresário também pode optar por fazer vendas por delivery sem custo de entrega”, concluiu o gerente.
Proprietário de um restaurante e pizzaria em Arapiraca, o empresário Gentilli Diego conta que a principal estratégia adotada por ele para reduzir os efeitos da crise foi a alteração do cardápio e dos preços. “Nós criamos pratos, tanto para o almoço quanto para o jantar, com valores de até R$ 10,00. Também baixamos a lucratividade e retiramos diversos sabores de pizza do cardápio para que pudéssemos vendê-las a um preço de até R$ 20,00. E, além disso, nos nossos canais próprios de delivery nós estamos oferecendo entrega gratuita para toda a cidade de Arapiraca”, contou.
A empresária Juliana Vieira, que é proprietária de uma empresa do segmento de saúde e bem-estar em Arapiraca, explica que está aproveitando o período de distanciamento social para organizar e adiantar processos que estavam parados em virtude do fluxo intenso de atendimento. “Nesse momento, estamos revendo alguns processos, vendo como podemos atuar, após o retorno das atividades, com relação à prevenção ainda mais reforçada do coronavírus”.
“Estamos fazendo vídeos informativos para os nossos alunos com aulas estimulantes de exercícios que podem ser realizados em casa, passando sempre mensagens positivas aos clientes. Estamos também fazendo cursos online com o intuito de aumentar a nossa capacidade de gestão e profissional do negócio, além de reuniões à distância com os nossos colaboradores, já que não podemos parar”, complementou a empresária.
O gerente Arestides Bezerra reforça que, embora o Sebrae esteja cumprindo o que estabelece o decreto publicado pelo Governo de Alagoas, para conter o avanço do novo coronavírus, os clientes ainda podem solicitar atendimento utilizando os canais digitais e remotos da instituição.
Arestides lista as opções e alternativas de canais de comunicação com o Sebrae Alagoas. Seguem: 0800 570 0800 e 99999-5519 (whatsApp); pelo site www.sebrae.com.br/alagoas