Agropecuária foi o setor que mais cresceu em AL em 2019, aponta PIB divulgado pela Seplag Agricultura
Cinco municípios detém maior participação no PIB: a capital, Maceió, concentrou 39,71%; Arapiraca, 8,44%; Marechal Deodoro, 4,09%; Coruripe, 2,38% e Rio Largo, 1,98%
Letícia Pascoalino
Nesta sexta-feira (17), o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) e em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios alagoanos, referente ao ano de 2019.
De acordo com os dados apresentados, o PIB do Estado de Alagoas apresentou um valor corrente de R$ 58,964 bilhões, com variação real de 1,95% em relação ao ano anterior.
Para o secretário de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques Santos, estas informações são importantes para auxiliar na tomada de decisões e na formulação de políticas públicas. “Esses dados são fundamentais para entendermos a evolução da economia de cada município do nosso Estado e, assim, identificar quais são polos de desenvolvimento e também quais têm crescido abaixo da média, para encontrarmos formas de apoiá-los. Além disso, é um instrumento para identificar potenciais setores que têm dinamismo para gerar emprego e renda”, pontuou.
“Estes dados servem como base de informações para auxiliar o Estado na tomada de decisões e para que acadêmicos desenvolvam suas pesquisas. E, juntos, possamos discutir e desenvolver políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida do povo alagoano”, ressaltou.
Os números revelam que cinco municípios detém maior participação no PIB: a capital, Maceió, concentrou 39,71%; Arapiraca 8,44%; Marechal Deodoro 4,09%; Coruripe 2,38% e Rio Largo 1,98%. Apesar disso, nenhum deles apresentou uma grande variação no percentual de crescimento em relação ao ano anterior.
Em contrapartida, os municípios que mais cresceram no período destacado foram Flexeiras (48,72%), Coité do Noia (33,38%), Joaquim Gomes (31,55%), Santa Luzia do Norte (29,10%) e São Sebastião (28,76%). O crescimento, segundo os resultados do levantamento, se deve, majoritariamente, ao crescimento da Agropecuária e do setor Industrial.
Segundo a Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc) da Seplag, que é responsável pela confecção das Notas Técnicas acerca do estudo, o setor da economia que apresentou melhor performance no período foi o da Agropecuária. O ramo apresentou crescimento real de 15,37% sobre igual período do ano anterior, o que representa Valor Adicionado Bruto de R$ 9,460 bilhões. Os subsetores Agricultura e Pecuária variaram positivamente, já Produção florestal, pesca e aquicultura se manteve estável.
Indústria e Serviços
A indústria teve variação real negativa de 2,85% em relação ao ano de 2018. Esta queda foi justificada pelas variações negativas dos seguintes subsetores: Indústria de Transformação (-7,33%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividade de gestão de resíduos e descontaminação (-4,87%), Indústria Extrativa (-7,96%). Na contramão, o subsetor da Construção variou positivamente em 4,22%.
Já o setor de Serviços obteve maior representatividade na composição do Valor Adicionado alagoano (R$ 37.161 bilhões), embora tenha apresentado resultado negativo de 0,04%, determinado, sobretudo, pela compensação em seus principais subsetores.
Ainda que o subsetor de administração, educação, saúde, pesquisa e desenvolvimento públicos, defesa e seguridade social, tenha apresentado uma variação negativa de 2,16%, houve um crescimento significativo em áreas como, comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (0,43%), atividades imobiliárias (3,29%), alojamento e alimentação (5,83%), atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,65%) e informação e comunicação (3,90%).